Desemprego na França
O desemprego como base das preocupações sociais coletivas e individuais nunca foi fantasma. Sempre é real. As pressões de mercado e de crescimento vinham causando aflição dolorosa principalmente entre jovens e adolescentes. Por isso o comentário especial feito pelo jornalista Guy Sorman na França, em janeiro de 2004 afirma que é preciso detectar causas do desemprego ou empregabilidade com ênfase no crescimento. No começo do terceiro milênio a França parecia ensinar ao mundo como resolver a eventual falta de renda pelo trabalho, mediante normas protecionistas em favor do assalariado, como é o caso do seguro desemprego.
Ainda nação rica, - como Estados Unidos e Alemanha, - o contingente desempregado era de pessoas que não se sujeitavam a determinadas funções, aderindo a um status que estabelecia serviços tidos como secundários, somente abraçados por emigrantes. Estrangeiros foram a estes países europeus também para estudar e competir com os filhos destas nações mais ricas. Assim, passados dez anos, a crise mundial convive com a escalada do desemprego e desaceleração da economia.
Desmoraliza
A realização pessoal do homem e da mulher está ligada diretamente ao sentido de utilidade ao participar da convivência no mundo. Independentemente do grau educacional, a aspiração do jovem é o trabalho. A oportunidade faz parte de sua construção pessoal. É a sensação de valor moral e ético e o desejo de liberdade moldam-se através do elo entre trabalho e renda. O desemprego desmoraliza o jovem e provoca comportamentos hostis à sociedade, dificuldade na civilidade cotidiana e extremismo antidemocrático na política. A oportunidade de trabalhar, no entanto, mobiliza e ativa o desejo de apreciar valores essenciais. Por isso o emprego é tão importante na vida das pessoas. É fator de justiça social e torna fecundo o esforça pela formação de valores.
Nossa cidade
No aspecto da empregabilidade, partindo de patamar amplo no desenvolvimento de valores, o ressurgimento de mais empregos, no planejamento econômico e social da cidade, podemos dizer que habitamos uma das mais prósperas cidades de médio porte. O fato de mais pessoas poderem abraçar o trabalho como realização pessoal tem efeito pedagógico familiar que pode ser determinante em todas as demais transformações. A educação (leitura), a expansão do empreendedorismo como forma de crescimento, são essências para a retomada da verdadeira autoestima. A maioria dos anseios de cidadania aparecem como efeito ou conseqüência da oportunidade de emprego. Conclui-se que o trabalho é semente de valores e sua remuneração é a expressão mais sagrada de nossa economia.
Retoques:
* Há meses, neste espaço, citei a necessidade de melhorar o serviço de táxi nas cidades brasileiras, aproveitando a Copa do Mundo. O SEBRAI acaba de lançar programa de apoio neste sentido, qualificando esta atividade.
* Algumas zonas da cidade estão recebendo obras de base para drenagem das ruas, renovação de rede de água e esgoto. Estas primeiras operações incomodam os moradores, que serão valorizados logo adiante, quando forem concluidos os investimentos indispensáveis.
* Agradeço o convite para a comemoração do título de Cidadão Honorário ao empresário da construção Civil Ulisses Galileu Giacomini, em sessão solene da Câmara de Vereadores.
* Registramos o jantar estupendo, na Churrascaria Lazzaretti onde foram apresentadas iguarias do porco ecológico. Delícias deste mundo.
* O ministro Leonel Brizola Neto vem a Passo Fundo nesta sexta-feira. Entrevista coletiva no Gabinete do Prefeito Dipp às 15 horas.
* O lado festivo da Semana Farroupilha é ótimo. Reafirmo, no entanto, uma preocupação com os relatos da história de uma luta ingente. Os lanceiros negros, que lutaram por liberdade, e sonharam ver irmãos e irmãs livres logo após a Guerra dos Farrapos, não tiveram resposta, mesmo com o sangue derramado na batalha final, todos hábeis, fortes e cheios de coragem. Em meio a tanta festividade é justo lembrar tão honrado sacrifício.
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