Agrotecno Leite
Impressionante a informação transmitida pelos técnicos e pelo coordenador Ari Rosso, da Agrotecno Leite, que se realiza em Passo Fundo. Eles explicam como ocorreu a rápida consolidação de uma nova matriz produtiva a partir da instalação da indústria de laticínios em Passo Fundo. Cresceu a produção, a produtividade do gado leiteiro, a importância da UPF que mantém cursos na área veterinária e aperfeiçoamento de pastagens, cresceu a renda dos produtores, enfim, a força de trabalho e o próprio consumidor.
Vencendo mediocridades
Esta revolução econômica teve também efeitos sociais de redistribuição de renda. Enfim, venceu até o grito dos pessimistas, céticos e invejosos que se sentem deprimidos a cada vez que uma iniciativa de verdadeiro bem comum concretiza-se sem aval de pretensos donos do planejamento estratégico - este reino dos sábios em compota - do pensamento ultraconservador, que se apresenta como salvação única da evolução. A evolução, contrariamente, comprovou sua pluralidade de iniciativa. Por isso, é de se elogiar a conduta das lideranças que têm responsabilidade política e de iniciativa técnica pela postura adotada. É postura de vanguarda que incentiva a produção, gera emprego e riqueza.
Atitude
O que aconteceu neste curto período de sete anos, que recobrou o ânimo das pessoas que procuram oportunidade de renda? Foram atitudes da iniciativa privada e da gestão política como força indutora perante a estagnação de Passo Fundo. Quase subitamente iniciou-se a dura jornada como suporte para este levante desenvolvimentista. Primeiro, o diálogo com as empresas locais que também queriam parcerias novas para crescer. Lembram a instalação do Pólo Tecnológico? Parecia impossível! A BSBios , ITALAC, Manitowoc, AMBEV, a instalação do IFSul (a escola federal profissionalizante), e a recente conquista da universidade federal, iniciando com a Faculdade de Medicina, realidades que preconizam a grande guinada de nossa terra. No aspecto profissionalizante a ferramenta indispensável de inclusão foi a UP – Universidade Popular, que deu nova dimensão ao direito ao aperfeiçoamento profissional, com centenas e milhares de diplomados, mais aptos a alguma função produtiva. Escolas e comunidades receberam internet.
Senhor Perfeito
A gente sabe o quanto é difícil a pessoas de pensamento aristocrático assimilarem mudanças populares. Nos casos mais agudos, as ações que suscitam emergência dos mais fracos insultam a prepotência. Ouvi um cidadão, que reputo conceituado, minimizando a importância do projeto itinerante do ônibus “Fabuloso”, uma das formas de incentivo à leitura, inserido no projeto da Jornada de Literatura. Por outro lado vejo que a disputa eleitoral abriu o armário até dos quem se diziam impolutos de imparcialidade. O fenômeno é positivo, como no caso do nosso colega de opinião aqui no ON, o ilustrado doutor Elmar Floss. Entendo que deveria haver maior liberdade no período eleitoral para que observadores políticos estendessem a opinião. Ele proclamou uma espécie de decálogo de observações instadas ao prefeito Dipp. Mesmo que a manifestação, às antevésperas da eleição, denuncie amargura velada, entende-se que é sempre respeitável. Nunca havia presenciado isso de parte do professor que conhecia como cientista renomado e outrora eficiente administrador na UPF. Repito que Floss é pesquisador de excelência, embora estreante como observador político. Mesmo assim, sua manifestação deve ser livre. Afinal, foi sua livre escolha em aplicar a tática do senso comum indagando e afirmando como libelo acusatório, e omitindo avanços implacáveis na administração municipal. Sou favorável e até entendo que sejam necessárias manifestações divergentes sobre tantos assuntos de interesse geral. Por isso, após a exposição irada do nobre colunista, ele parece mais humano. E, de algum modo, mais se parece com um Senhor Perfeito. Quem se expõe tem risco, mas o risco aperfeiçoa.
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