OPINIÃO

Agrotecno Leite

Por
· 2 min de leitura
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

Agrotecno Leite
Impressionante a informação transmitida pelos técnicos e pelo coordenador Ari Rosso, da Agrotecno Leite, que se realiza em Passo Fundo. Eles explicam como ocorreu a rápida consolidação de uma nova matriz produtiva a partir da instalação da indústria de laticínios em Passo Fundo. Cresceu a produção, a produtividade do gado leiteiro, a importância da UPF que mantém cursos na área veterinária e aperfeiçoamento de pastagens, cresceu a renda  dos produtores, enfim, a força  de trabalho e o próprio consumidor.

Vencendo mediocridades
Esta revolução econômica teve também efeitos sociais de redistribuição de renda. Enfim, venceu até o grito dos pessimistas, céticos e invejosos que se  sentem deprimidos a  cada vez que uma iniciativa de verdadeiro bem comum concretiza-se sem aval de pretensos donos do planejamento estratégico - este reino  dos sábios em compota - do pensamento ultraconservador,  que se  apresenta como salvação única da  evolução. A evolução, contrariamente, comprovou sua pluralidade de iniciativa. Por isso, é de  se elogiar a conduta das  lideranças que têm responsabilidade política e de iniciativa técnica pela postura adotada. É postura de vanguarda que incentiva a produção,  gera emprego e  riqueza.

Atitude
O que aconteceu neste curto período de sete anos, que recobrou o ânimo das pessoas que procuram oportunidade de renda? Foram atitudes da iniciativa privada e da gestão política como força indutora perante a estagnação de Passo Fundo. Quase  subitamente iniciou-se a dura jornada como suporte para este levante desenvolvimentista. Primeiro, o diálogo com as empresas locais que também queriam parcerias novas para crescer. Lembram a instalação do Pólo Tecnológico? Parecia impossível! A BSBios , ITALAC,  Manitowoc, AMBEV, a instalação do IFSul (a escola federal profissionalizante), e a recente conquista da universidade federal, iniciando com a Faculdade de Medicina, realidades  que preconizam a grande guinada de nossa  terra. No aspecto profissionalizante a  ferramenta indispensável de inclusão foi a UP – Universidade Popular, que deu nova  dimensão ao direito ao aperfeiçoamento profissional, com centenas e milhares de diplomados, mais aptos a alguma  função produtiva. Escolas e comunidades receberam internet.  

Senhor Perfeito
A gente sabe o quanto é difícil a pessoas de pensamento aristocrático assimilarem mudanças populares. Nos  casos mais agudos, as ações que suscitam emergência  dos mais fracos insultam a prepotência. Ouvi um cidadão, que reputo conceituado, minimizando a importância do projeto itinerante do ônibus “Fabuloso”, uma  das formas  de incentivo à leitura, inserido no projeto da Jornada de Literatura. Por outro lado vejo que a disputa  eleitoral abriu o  armário até  dos quem se diziam impolutos de imparcialidade. O fenômeno é positivo, como no caso do nosso colega de opinião aqui no ON, o ilustrado doutor Elmar Floss.  Entendo que deveria haver maior liberdade no período eleitoral para que observadores políticos estendessem a opinião. Ele proclamou uma espécie de decálogo de observações instadas ao prefeito Dipp. Mesmo que a manifestação, às antevésperas da eleição, denuncie amargura velada, entende-se que é sempre respeitável. Nunca havia presenciado isso de parte do professor que conhecia como cientista renomado e outrora eficiente  administrador na UPF. Repito que Floss é pesquisador  de excelência, embora estreante como observador político. Mesmo assim, sua manifestação deve ser livre. Afinal, foi sua livre escolha em aplicar a tática do senso comum indagando e afirmando como libelo acusatório, e omitindo avanços implacáveis na  administração municipal. Sou  favorável e até entendo que sejam necessárias manifestações divergentes  sobre  tantos assuntos de interesse geral. Por isso, após a exposição irada do nobre colunista, ele parece mais humano. E, de algum modo, mais se parece com um Senhor Perfeito. Quem se expõe tem risco, mas o risco aperfeiçoa.

Gostou? Compartilhe