Bom manejo de pastagem preserva o solo

Plantas com raízes maiores e profundas facilitam a infiltração da água das chuvas, evitam a erosão e desperdício de nutrientes

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A Embrapa Pecuária Sul apresentou durante a Agrotecno Leite 2012 uma estação técnica sobre a relação entre o manejo de pastagens e a fertilidade do solo. Além de proteger o solo da erosão e permitir uma maior infiltração da água da chuva, uma boa pastagem pode diminuir a perda com adubações, como, por exemplo, a ureia. Na feira, o pesquisador Gustavo Martins da Silva apresentou uma proposta de manejo para as pastagens de tifton.

Conforme o pesquisador, a pastagem de tifton é perene e pode se manter por vários anos se bem cultivada. Segundo ele, um dos principais erros é permitir que os animais façam o pastejo com as plantas muito baixas. Muitas vezes acaba faltando forragem e os animais começam a lamber o chão e consequentemente o solo fica descoberto. “Nesse solo descoberto a pata do animal tem impacto muito maior e acaba compactando o solo e aparecendo plantas que não queremos como a buva e a guanxuma”, alerta. Colocando os animais para pastar com as plantas um pouco mais altas, eles acabam comendo um pouco mais de fibras, porém os benefícios para o solo serão maiores.

A maior quantidade e profundidade das raízes protegem o solo e permitem que a água das chuvas escorra lentamente e infiltre no solo. “As plantas apresentam mais vigor e conseguem absorver muito melhor os nutrientes oferecidos. No caso do tifton a gente coloca bastante ureia porque a planta responde muito bem. Se a pastagem tiver uma condição mais vigorosa, com mais raiz, ela absorve mais essa ureia e não perdemos ela pela água que escorre superficialmente como quando a pastagem está baixa”, explica.

Forragem
Silva destaca ainda, que antes de ser um produtor de leite, o agricultor precisa saber produzir pastagens. “A pastagem é o principal alimento para os animais e o mais barato de produzir”, pontua. As condições climáticas da região permitem a produção de forrageiras durante todo o ano. “Isso permite utilizar forrageiras de verão e de inverno e perenes com diferentes características. É muito importante conhecer essas possibilidades e saber compor no sistema para ter uma produção de forragem ao longo do ano o mais estável possível”, afirma. Ele destaca que a partir da boa produção de pastagem se inicia o planejamento de armazenagem de alimento como a silagem e a definição de utilização de concentrado.

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