Diretor esclarece descarte de medicamentos no HMCS

Vereadores convocaram direção do Hospital Municipal Dr. César Santos para prestar esclarecimentos à população

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Leonardo Andreoli/ON

A Câmara de Vereadores convocou o diretor do Hospital Municipal Dr. César Santos (HMCS), Fernando Oliveira, a prestar esclarecimentos acerca do descarte de medicamentos da instituição, bem como sobre os alvarás e pontos dos funcionários. Na manhã de ontem, Oliveira, juntamente com o secretário municipal de Saúde, Jairo Caovilla, apresentou os dados solicitados. Na mesma manhã, eles se comprometeram a entregar os documentos solicitados para que os vereadores possam analisar as informações com mais calma.

Logo no início da sessão, o diretor do HMCS esclareceu os procedimentos e os motivos pelos quais medicamentos são descartados no hospital, como em outras instituições de saúde. O principal deles é o vencimento do prazo de validade, a redução do número de profissionais em atendimento e consequente redução de procedimentos cirúrgicos, por exemplo, bem como a adoção de novos medicamentos mais eficazes e seguros. “Nos últimos 12 meses houve uma redução de aquisições de medicamentos, baseados no momento atual do hospital, com o intuito de diminuir gastos”, argumentou Oliveira.

27 mil unidades descartadas
Neste ano, o HMCS descartou 27,8 mil unidades de medicamentos a um custo médio de R$ 1,00. De acordo com Oliveira, apesar de o número parecer grande, em relação aos atendimentos prestados pelo hospital ele é pequeno. “Não são medicamentos vencidos por compras neste ano. Eles foram comprados há três ou quatro anos”, justificou.

O secretário de Saúde Jairo Caovilla esclareceu também que os processos de licitação da compra de remédios são um problema para as instituições de saúde. Atrasos na entrega ou mesmo a necessidade de se licitar novamente obrigam que em algumas licitações seja feito um pedido maior do que o estimado, para que não faltem medicamentos quando as pessoas precisarem. “Ou se descarta em caso de vencimento, ou falta quando o paciente precisa”, argumentou.

Alvarás
Outra solicitação dos vereadores foi a de esclarecimento sobre os alvarás e certidões do hospital. O diretor destacou que apesar da dificuldade, alvarás da radiologia, nutrição, farmácia, farmácia magistral, pronto atendimento e do Corpo de Bombeiros estão regularizados. Além disso, o HMCS conta com certidões de regularidade fiscal do INSS, FGTS, bem como dos tributos municipais.

Ponto
Esclarecimentos sobre os pontos de funcionários e diretoria do hospital também foram solicitados. Oliveira destacou que não existe previsão legal de exigência de ponto para cargos de confiança. “Os diretores estão à disposição do hospital 24 horas para resolver problemas. Há uma relação de confiança e principalmente de resultado. Porque cobramos resultado e não a presença física”, enfatizou. Sobre os pontos dos funcionários ele explicou que os 11 médicos contratados pelo hospital seguem as exigências da CLT e batem o ponto digital. “É a partir do ponto que eles são remunerados”, acrescentou esclarecendo que deixará os documentos à disposição dos vereadores.

Fiscalização
O vereador Patric Cavalcanti destacou que a solicitação de informações foi feita a partir de denúncias recebidas. “Queremos que os medicamento não sejam descartados”, enfatizou. Segundo ele, os documentos que serão encaminhados pela direção do hospital serão analisados e servirão para esclarecer as dúvidas. Também participaram da sessão os vereadores Alberi Grando, Luiz Miguel Scheis, Aristeu Dalla Lana e João Pedro Nunes. A convocação foi ainda assinada pelos vereadores Márcio Tassi, Paulo Neckle, Juliano Roso e Rafael Bortoluzzi.

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