O Comando da Brigada Militar do perímetro urbano de Coxilha reclama que o Serviço de Inspeção Municipal de Produtos de Origem Animal da Prefeitura de Passo Fundo demorou cerca de uma hora para atender uma ocorrência de apreensão de produtos alimentícios na última quinta-feira (18). As mercadorias como salames, frutas e saladas estavam sendo vendidas no centro de Coxilha por um detento que cumpre pena no regime semiaberto no Presídio Estadual de Erechim e estava fora da jurisdição. A ocorrência foi registrada na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) em Passo Fundo.
O comandante da Brigada Militar do perímetro urbano de Coxilha, Sargento Luiz Fernando dos Santos, relatou que na manhã de quinta-feira os policiais abordaram um homem, de 52 anos, no centro vendendo produtos sem procedência armazenados em uma camionete Saveiro com placas de Erechim. Ao verificar no sistema constataram que o vendedor estava cumprindo pena no município de Erechim e, portanto, estava fora da sua comarca. O homem e o veículo foram encaminhados para a DPPA em Passo Fundo para o registro da ocorrência.
O setor de inspeção municipal da prefeitura foi acionado pelo comandante da BM para realizar os procedimentos de fiscalização da mercadoria. “Me passaram para três pessoas diferentes que me enrolaram por um bom tempo. Fizemos a nossa parte, mas não podemos ficar muito tempo fora de Coxilha. Tenho mais de 35 anos de profissão e foi um desrespeito o que eles fizeram com a gente. Recebi um retorno deles uma hora depois. Se eles estavam em ocorrência porque as três pessoas me enrolaram todo aquele tempo. Era só dizer que não tinham viatura no momento”, desabafou o comandante.
O detento foi liberado e retornou para o âmbito da sua jurisdição. A mercadoria não foi retida devido a falta de fiscalização. O chefe do núcleo de fiscalização do Serviço de Inspeção Municipal de produtos de origem animal, Jeferson Timm, confirmou que eles foram acionados, mas justificou a demora dizendo que estavam fazendo fiscalização em frigoríficos. “Não podemos estar em dois lugares ao mesmo tempo. Antes de atender a ocorrência tivemos que retornar no núcleo para pegar os equipamentos. Demoramos cerca de trinta minutos para chegar à delegacia e quando chegamos a polícia já tinha ido embora e a mercadoria não estava mais lá”, justificou Timm.
Demora no serviço de inspeção gera reclamação
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