Inusitado ou nova regra?
Sem dúvida, muito além de um suspiro de justiça (punição) também para os poderosos, o julgamento do Supremo, condenando gente ilustre por crimes praticados na vida pública pode ser o novo paradigma. Que assim seja! O fato de termos condenações inéditas não pode ser lançado na história como momento único e inusitado. O ministro Joaquim Barbosa traduziu de certa forma esta expectativa ao dizer que o crime organizado não é só nos morros onde os grupos se organizam para pegar em armas. O crime contra o patrimônio púbico também é praticado por grupos organizados. Sem querer justificar o envolvimento de segmento do PT para obter a maioria de votos no Congresso, é bom lembrarmos que os golpes organizados são velhos e sempre se renovam, com autores diversos. Se o julgamento pode ser considerado vitória da mídia, é urgente assumimos que precisamos, com a mesma urgência, de novas vitórias, sobre roubos abomináveis que continuam ocorrendo. O combate não pode parar, já que nunca antes, neste país, se puniu gente grande. É uma guerra. Errados estão os que miraram somente contra o PT. Tem muita gente agindo folgada no país enquanto a tendência é destilar ódio contra uma sigla. No caso, condenar é fazer justiça (humana), é democracia.
Pequena redução
Desejar permanentemente a ruína dos bancos é senso comum irresponsável. Precisamos de instituições bancárias fortes e sérias. Por isso, a redução pequena nos lucros nos bilhões do Itau e Bradesco não pode ser desenhada como frustração. Como dizem os comentários, com a redução nos juros e o estreitamento das margens de ganho na intermediação financeira, chamado também de spread bancário, a rentabilidade do setor deverá recuar para patamares mais comedidos, nos próximos anos. O aperto da competição recente por créditos mais justos obrigou os bancos a caprichar nas garantias, preferindo empréstimos consignados ou garantia imobiliária. Desculpem a óbvia conclusão, mas com o dinheiro a escolha é mais fácil. Então, nada de tristeza como alguns alarmam. Nem será preciso imaginar uma próxima campanha da Fraternidade, tipo “Ajude Um Irmão Banco”! Menos, né!
Água
No final de semana tive a oportunidade de ouvir entrevista com Guilherme Arantes, um conseqüente e imortal da literatura musical. Na sua missão de gênio útil, uma das maiores criações de comunicação e arte: Planeta Água.
* Direto: acusam os envolvidos no mensalão por traficarem dinheiro sujo; o mesmo tribunal, em seguida, condena por lavagem! Então, não adiante lavá?
* Hoje é dia de um grande amor. Ah, se o outubro falasse! Traz lembranças de amores que ficaram muito maiores depois que terminaram.
* O pregão eletrônico vem sendo anunciado para o próximo ano em vários setores públicos como retumbante novidade nas licitações. Em Passo Fundo vem funcionando há vários anos no Governo Dipp/Cecconello.
* Hoje é dia de encontro dos confrades da Mesa Um do Oasis que comemora 30 anos de estabelecimento de Jesus Castanho. O próprio bar é mais que cinqüentenário. A recepção será no Lazaretti, oferecida pelo Bar Oasis, uma espécie de ONG mantenedora da Mesa Um. É a primeira reunião após resultados das eleições municipais.
* A escolha do mestre José Ernani de Almeida para a pasta da Cultura da próxima administração municipal tem razões para repercutir muito bem!
* É o que há de mais certo neste país: bancos ganham sempre. E a transparência sobre custos do usuário consumidor, vai melhorar?
* As pessoas precisam se ajudar um pouco. Durante dezenas de anos muitos vivem sem esgoto, o que é doloroso. No primeiro incômodo com a vala aberta para a canalização uivam descontentes, como se não pudessem esperar um pouco para conclusão da obra! No funcionamento dos contêineres também. Converse com os vizinhos sobre o uso do sistema seletivo da coleta, em vez de largar lixo misturado ou largar a tampa com força até se esborrachar.
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