Quando todos aprendem

ON nas Escolas: Além de incentivar a escrita, as fábulas criadas pelos alunos contribui para o aprendizado de quem as lê

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Quando a professora Vanessa Hickmann, da escola Guaracy Barroso Marinho propôs aos seus alunos do sexto ano a realização de um trabalho com fábulas, ela certamente imaginou que eles teriam a oportunidade de aprender com a leitura de fábulas tradicionais e no incentivo para que os estudantes escrevessem seus próprios textos. O que ela não imaginou é que as fábulas que os alunos dela estavam escrevendo contribuiriam para o aprendizado de outros alunos.

Porém, foi isso o que aconteceu. Desde que os textos começaram a ser publicados nas edições do ON nas Escolas, as fábulas escritas pelos estudantes da Guaracy Barroso Marinho ganhou leitores assíduos. Na Escola Maria Elizabeth, de educação infantil, por exemplo, as professoras lêem as fábulas para os alunos da pré-escola, que fazem suas interpretações através de desenhos. Um bom exemplo de como a leitura do jornal pode ser dinâmica. Por isso, na edição de hoje seguimos com a publicação de mais fábulas.

O animal doente
Certo dia, no parque, todos os animais foram brincar. O animal menor foi subir no brinquedo e caiu. Passado um minuto, todos os outros vieram para socorrer. Então, eles levaram o amigo ao hospital e ficaram esperando mais de uma hora. O médico apareceu e falou:
- O animal fraturou a perna, mas logo vai sair.
Todos ficaram felizes e foram para casa.
Moral: A união faz a força.
Mateus Everton do Amarante Meira – 6º ano A

A raposa e a cegonha
A raposa e a cegonha eram amigas. Um dia a raposa comprou um vestido e a cegonha queria igual e disse:
- Aonde você encontrou esse vestido? Eu quero um igual e vou ficar braba se você não me disser.
- Você é muito invejosa. Tudo o que eu compro você quer igual. Eu é que vou ficar braba, vou para casa e não quero mais ser sua amiga.
Moral: A inveja não mata, mas achata.
Alana Aparecida de Azevedo Bueno – 6º ano A

O leão que gosta de confusão
O leão bebeu um garrafão de vinho e ficou embriagado. Depois, foi para casa e começou a brigar com a sua mulher. Um vizinho ouviu os urros e disse:
- Vou lá olhar o que está acontecendo.
De repente, ele viu os dois brigando e separou. Nesse momento, o leão bêbado pulou no vizinho e a leoa chamou a polícia. Quando os policiais vieram, levaram todos para a delegacia da floresta.
Moral: Em briga de marido e mulher, não se mete a colher.
Alexandre das Chagas Farias – 6º ano A


A verdade sempre aparece
Certa noite, a mamãe leoa, o papai leão e o filhote estavam na sala de jantar. Após o jantar, a mamãe leoa ouviu um barulho que vinha da cozinha e disse:
- Quem está aí na cozinha?
Ela não ouviu resposta e foi até lá. Quando chegou, viu um prato quebrado no chão e pensou que tivesse sido o filhote. Porém, não foi ele, mas mesmo assim levou a culpa.
No fim, a mamãe descobriu que o verdadeiro culpado era o pai.
Moral: Mentira tem perna curta.
Vitória Rodrigues da Rosa – 6º ano B

Macaco na aula
Um dia, numa sala de aula, os macacos estavam mexendo num celular, o professor foi reclamar e um macaco resmungou. Então, o professor resolveu pegar o aparelho.
- Por que prô, você pegou meu celular? - perguntou o macaco.
- Porque você não parava de mexer. E por que resmungou quando eu falei? - perguntou o professor.
- Mas meus amigos também estavam usando celular, não era só eu - replicou o aluno.
- Quem era que estava usando o celular? - perguntou o mestre.
- O Mateus, o Victor... - disse o macaco dedo-duro.
O professor levou todos os alunos para a diretoria e prendeu o celular, entregando-o somente para os pais do macaco arteiro. Depois disso, os alunos não mexeram mais no celular, pelo menos nas aulas daquele professor.
Moral: Dizei-me com quem andas e eu te direi quem és.
Cristian dos Santos de Assumpção – 6º ano B

O que a preguiça faz
O macaco chegava todos os dias atrasado na escola. Certo dia, a diretora Dona Ratinha chamou o aluno na sua sala, pois quando ele vinha não queria copiar e realizar as tarefas da professora. Ela explicou que seus colegas tinham votado nele para presidente da turma. Mas, como era muito irresponsável, não ia poder assumir o cargo.
Moral: Deus ajuda a quem cedo madruga.
Patrick Silva Gonçalves – 6º ano B

A raposa e os filhotes mentirosos
Num belo castelo havia uns animais muito mentirosos como a raposa, o ratinho e os filhotes de leões. Um dia, a raposa foi passear para fora do castelo e encontrou um novo amigo, o gato, e eles se deram bem. Mas, o leão, escondido, falou:
- Não confie nela pois ela é muito fofoqueira e mentirosa.
O filhote de leão tentou avisar, nisso, o ratinho disse:
- Eu acho errado o que você falou para o gatinho, porque você não falou a verdade? Eu vou contar tudo para ele.
- Não se mete na minha vida porque eu não sou fofoqueiro - respondeu o leão.
Outro dia, o gatinho convidou a raposa e o rato para passear. Enquanto saíam, o leão seguiu atrás deles. Logo adiante, a raposa empurrou o gato para dentro do rio. Ao cair, o gatinho lamentou:
- Mas como eu fui burro, devia ter acreditado no leão.
Moral: O pior cego é aquele que não quer ver.
Fernanda – 6º ano C

Confusão dos animais
Numa quinta-feira, os animais da floresta foram para escola e era dia de ter aula com a dona tartaruga, professora de filosofia. Quando bateu para o terceiro período, todos os alunos foram, em fila, para a merenda. Na volta, eles tomaram água e correram para a aula. Chegando na sala, o macaco foi impedido de entrar e disse:
- Ei! Parem com isso, me deixem entrar.
De repente, o pato deu um tapa no macaco.
- Quem me deu um tapa? - perguntou.
O pato logo se meteu e disse:
- Eu sei quem foi! Foi a zebra!
- Eu não fiz nada - falou rapidamente a zebra - foi o pato que te deu um tapa.
Irritado, macaco perguntou de novo:
- Foi você pato?
- Fui eu sim - ele respondeu - e daí?
- E daí que você mentiu.
O macaco pediu desculpas para a zebra e devolveu a brincadeirinha do pato dando um tapinha nele também.

Moral: Tudo o que vai, volta.
Edna Maiara dos Santos de Mello – 6º ano C

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