A administração do Hemocentro Regional de Passo Fundo poderá retornar para o controle do Estado. Um estudo neste sentido está sendo analisado pelo município. Historicamente o o órgão tem causa um prejuízo mensal médio de R$ 50 mil aos cofres do município, que acaba arcando com todas as despesas extras. Mesmo sendo regional e abrangendo mais de uma centena de municípios da região, não existe contribuição financeira a não ser a repassada pelo Estado, mas que é insuficiente para cobrir todos os custos, restando à prefeitura cobrir os gastos para possibilitar que o serviço continue sendo oferecido.
Com relação ao retorno da administração para o Estado, a informação é de que a Procuradoria Geral do Município (PGM) está estudando um convênio, mas a comunicação oficial deve ser feita pelo prefeito Airton Dipp assim que tudo for acertado. As condições do convênio não foram divulgadas. Já a diretoria da Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde (Fepps), órgão responsável pelos hemocentros regionais, informou pela assessoria de comunicação que o assunto está sem definição sobre eventual mudança.
Conforme o diretor do Hemocentro, Rudimar Pedro, este ano, em especial, o município de Passo Fundo, vai fechar com um prejuízo de R$ 1 milhão em relação ao que foi investido no órgão. O valor, segundo Pedro, poderia estar sendo utilizado para outros fins, como a construção de escolas, um das grandes demandas de Passo Fundo. Para ele, o retorno da administração para o Estado seria uma grande contribuição para a administração pública municipal, pois cortaria custos. “Mesmo com a mudança, nenhum funcionário seria demitido, então seria muito bom para o município, que deixaria de ter esse gasto”, comenta.
Prejuízo
Por conta da redução dos repasses por parte dos governos federal e estadual, a prefeitura precisou tomar uma série de medidas para corte de custos e uma delas foi o fim do pagamento de horas extras. A medida afetou diretamente o Hemopasso e as instituições credenciadas, uma vez que o corte inviabilizaria o repasse de hemoderivados nos finais de semana, feriados e fora do horário normal de funcionamento, que é das 7h às 19h, de segunda a sexta-feira. Porém, para evitar que as entidades conveniadas ficassem sem o serviço, até dezembro, o atendimento nesses horários está sendo feito por um funcionário da Secretaria Municipal de Saúde.
Este ano, o prejuízo para manutenção do Hemopasso ficou por volta de R$ 1 milhão. “Como é um serviço prestado para a região, não é justo que o contribuinte de Passo Fundo pague essa conta sozinho. Se for concretizada a volta da administração para o Estado é uma notícia muito boa, uma vez que o município deixa de gastar um dinheiro que não é de seu dever. Com R$ 1 milhão dá para construir duas escolas de educação infantil por ano”, ressalta.
Retorno do Hemocentro para Estado está em estudo
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