Passo Fundo tem sobradas razões para confiar numa boa perspectiva da administração pública, a partir dos avanços reconhecidos no último período. Sem dúvida, o maior arrojo de desenvolvimento visando renda e empregabilidade, com base na produção foi esforço consciente. As indústrias, a agropecuária e serviços elevam o patamar econômico, emergindo fator redistributivo. O próximo mandato municipal, que tem no Poder Executivo o prefeito eleito Luciano Azevedo e seu vice Juliano Roso terá, pela primeira vez nos últimos tempos, uma base orçamentária respeitável com tendência a continuar ampliando. Lembrando que todos sabem o quanto de desafio faz parte da vida de um gestor público municipal. Importante é constatarmos que as ferramentas estão afiadas, fruto do esforço da administração Dipp/Cecconello que soube avaliar com responsabilidade uma verdadeira virada em favor da evolução no rumo do desenvolvimento social e econômico. Tem gente que jamais vai entender o quanto é importante para um trabalhador chefe de família, sair de casa (de cabeça erguida) para o trabalho, certo de que trará subsistência para seus filhos. Em termos de cidade, a ampliação do sistema de esgoto é o desassombro diante da amargura secular que aflige a população. O papel indutor bem destacado pelo prefeito Dipp trouxe um clima de redenção, reanimando o trabalho e o capital de nossa sesquicentenária Passo Fundo. Repetindo, desenvolvendo renda pela produção da indústria e agropecuária, há mais possibilidade de repartição da renda. E esta qualidade é uma busca moderna e conseqüente.
Joaquim Barbosa
Lendo comentário pouco antes de ser marcado julgamento do mensalão, observamos que o relator Joaquim Barbosa, polêmico e sem meias palavras, poderia ter sofrido a esperteza na própria casa. É que preparavam, alguns ministros, o destino provável da prescrição, em mais um desfecho salomônico, para a crise de honestidade no país. Nesta articulação, adivinhem quem era visado para arcar com a pecha de tranca-rua? Ele mesmo, Joaquim Barbosa, que para alguns, parecia autêntico demais. Tentaram golpe de mídia dizendo que não haveria mais tempo. Mal sabiam que estavam despertando o leviatã da decência pública, aguçado pelos golpes que a vida lhe impôs no que se costuma dizer “décadas de praia”. Eram milhares de páginas. E do semblante diamantino reluziu florete novo sustendo duas hastes de balança. Houve temor entre os incautos, agora compelidos a ver o que mais temiam: julgamento real do Supremo, sem a bacante fria da prescrição.
Justiça Militar
Ainda na memória de todos os gaúchos a polêmica que dominou o Judiciário quando se falou na extinção dos tribunais militares estaduais, para aglutinar a tarefa de julgar soldados da Brigada. Isso, para que a Justiça comum julgue, sem a necessidade de duas estruturas. E agora, Joaquim Barbosa presidindo o Conselho Nacional de Justiça, o assunto retoma a pauta de debate. E não se diga que é dispensável a discussão!
Retoques:
* Carlos Alberto Fonseca, nomeado advogado de carreira da PGM tem assinalado participação eficiente na função que assumiu como “homo forensis” da Prefeitura Municipal. Além da preparação profissional e senso de objetividade é advogado diligente no processo.
* A mobilização pelo fim de violência contra a mulher, pelos seus núcleos organizados, promove palestra no auditório da Faculdade Anhangüera. Será importante a palavra e expediência da a delegada Cláudia Crusius, que estuda muitos casos desde sua militância na advocacia.
* A passagem como mártir do jornalismo brasileiro, de Vladimir Herzog, coincidentemente acumula uma dor histórica. Vlado, ainda pequeno, viu seus pais perseguidos pelo nazismo, fugindo da Iugoslávia para o Brasil. O grande símbolo da resistência sofre perseguição novamente, no Brasil que considerava sua salvação. Em 25 de outubro de 1975, covardemente torturado é assassinado pela ditadura.
* Anotem aí. As mulheres têm sido responsáveis por um sintoma de recuperação nas cidades e na zona rural liderando comunidades de base. A cooperação, com liderança da mulher, tem feito milagres entre grupos de sem terra e cooperativas de cata dores de lixo.
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