Eles esperam pacientes, sorriem encantados e se emocionam até as lágrimas ao assistirem o espetáculo protagonizado por meninos e meninas de rostos familiares. Também há bailarinos, músicos e atores profissionais, só que para cada pai e mãe a grande estrela é aquela criança que eles conhecem tão bem. Mas na Cantata Natalina, que tem mais uma apresentação em Passo Fundo neste sábado, 15, não são apenas os pequenos que brilham. Estes mesmos pais que se deslumbram com a apresentação dos filhos, são ainda um pouco artistas. Em cada show, há um momento em que dezenas de pais e filhos, nas janelas da Escola Notre Dame, participam da encenação.
“É uma emoção muito grande. A maior qualidade da Rede Notre Dame e com o que ela contribui muito é a união da família; esta integração que os pais devem ter com os filhos e com o colégio. É muito harmonioso isso, não tem explicação para o que a gente sente estando ao lado do filho. Além do momento de orgulho pelos filhos que a escola proporciona, também demonstra a vontade de mostrar e valorizar os pais que estão por trás deste espetáculo, aqui as estrelas não são apenas as crianças, mas os pais também”, define Ariadne Bilibio da Silva. Ela e o empresário Rafael Dias da Silva estrearam no espetáculo durante o primeiro domingo de dezembro. São pais das alunas Endaira, 11 anos, e Rafaela, 6 anos.
A cada encenação as famílias se revezam e, mesmo quando parte dos pais não está no foco dos holofotes, elas atuam nos bastidores auxiliando crianças e professores na organização. “Não é só o pai e a mãe que aparecerem na janela que participam, há muitos outros que estão por trás e auxiliando para que tudo saia bonito”, conta Ariadne. Outra mãe é exemplo disso: a auxiliar de faturamento Morgana Duarte Soll Barreto que no dia 2 de dezembro estava na escola desde às 13h para um espetáculo que aconteceria apenas às 21h. “Para ter uma noção, estamos aqui desde a uma hora. Só uma pai e uma mãe, para prestigiar uma hora de espetáculo aguardam oito, mas é uma expectativa, isso é muito gratificante e ela fica muito feliz em nos ver aqui”. Morgana e o marido, o técnico de informática Rodrigo Assumpção Barreto, não se apresentaram àquela noite, mas acompanhavam a filha Taíne, de 10 anos.
“A gente fica na expectativa de que tudo corra bem e saia como o esperado. Este é um espetáculo realmente extraordinário aqui no Rio Grande do Sul”, disse Morgana. A dona de casa Janaína e o músico Fabiano Lengler são pais de Júlia, de 10 anos. Eles acompanham a filha a cada apresentação, além de sentirem o mesmo friozinho na barriga. “A gente tem que participar, decorar música, cuidar a hora certa de ir para a janela, tem tudo isso. O nosso nervosismo é o mesmo que o deles”, comentou Janaína. Para a mãe de Júlia, a Cantata reflete um trabalho de comunidade, que, além de reunir a família e aproximar da escola, celebra o espírito de Natal.
O médico Hugo Carvalho e a engenheira em segurança do trabalho Isabel Weshenfelder participam da Cantata pela terceira vez. O casal acompanha a filha Kimberly, 10 anos. “A família é o núcleo da formação do ser humano e os laços de família são importantes para o desenvolvimento sadio, tanto mental e até mesmo físico, além de ser importante para o equilíbrio emocional de todos”, avalia o pai. “Das lembranças que a gente carrega para a vida, estas de apresentações dos filhos são das mais marcantes”, conclui.
De entusiastas a artistas na Cantata
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