Um grupo de funcionários de uma indústria de placas de compensado fez uma manifestação na manhã de ontem em frente à empresa. Eles interromperam a saída para evitar que equipamentos bloqueados pela justiça fossem retirados do local. Os funcionários que receberam anúncio de férias coletivas na última sexta-feira ficaram assustados com a movimentação de retirada de maquinário do local.
De acordo com os manifestantes, nos últimos dois anos a empresa começou a reduzir o quadro funcional, passando de cerca de 120 funcionários para apenas 16. Recentemente, em um único dia 40 pessoas foram dispensadas e até agora não receberam os valores que seriam de direito. Funcionários reclamam ainda da falta de depósitos do Seguro Desemprego e das contribuições do INSS, do trabalho sob pressão, além dos desvios de função sem a correta remuneração.
Máquinas
A advogada Fabiana Spessatto Brighenti é responsável por pelo menos 20 ações movidas por funcionários contra a empresa. Ela esclarece que bens que haviam sido embargados pela justiça como forma de garantir os direitos trabalhistas dos funcionários estavam sendo retirados da empresa. “Acionamos o juiz e ele determinou o bloqueio das máquinas que estavam prontas para serem carregadas. Os bens serão levados a um depósito judicial a fim de garantir o crédito dos empregados”, explica. Segundo a advogada, as férias coletivas não foram comunicadas ao Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil e do Mobiliário de Passo Fundo, nem ao Ministério do Trabalho.
A Redação ON tentou entrar em contato com a empresa por telefone na tarde de ontem, mas não conseguiu falar com ninguém.