É preciso enxergar o campo
A política de precisão em relação às tecnologias de produtos de origem animal tem revelado perdas históricas justamente no setor mais estável da economia nacional, que é a agropecuária. A perigosa fagulha no paiol da exportação de carne bovino, detectada no Paraná, que não esclareceu o suficiente sobre um caso da vaca louca, ameaça gravemente o mercado de exportação brasileira. A fustigada onda suspeição rondou a suinocultura, avicultura e agora nossa produção bovina novamente. Observadores da imprensa especializada apontam a falta de jornalismo na agropecuária. E não seja por falta de importância econômica, se considerarmos que no ano passado o setor primário agrícola exportou 67 bilhões, contra volume irrisório da produção industrial. Além disso, comida é comida! A moda, no momento, é falar de animais domésticos, onde a mídia elabora seu canteiro de obras sociais e sentimento afetivo, uma espécie de “cinolatria”, em reação à cinofobia. Precisamos evoluir na investigação, sem esquecer os cães tão amigos do homem, valorizando muito mais a qualificação das questões de mercado para exportação ou consumo interno de alimentos, como rastreamento e garantia de defesa contra doenças. Outra comparação: mostramos eficiência na produção de combustível, mas é a agropecuária que desponta como grande necessidade de sobrevivência para o mundo. Por isso, é preciso o olhar mais atento na produção de alimentos, no seu aprimoramento tecnológico e na qualidade sanitária, o que nos faz mais acreditados no mundo. Embora leigo no assunto, parece-nos perigoso para nosso mercado demorar em algumas decisões, principalmente quando cientistas entendem que não há motivo para alarme. Ótimo! Vamos logo com isso!
A prensa
Impressionante a pressão do governo argentino para imposição da Ley de Medios - transferência de parte dos negócios audiovisuais do grupo Clarin de comunicações. Nas estocadas contra o poder judiciário, onde tramita a matéria, o ataque furioso do chefe de gabinete, Juan Manuel Abal Medina, da presidenta Cristina Fernández. Ao conhecer decisão judicial em favor do Clarin fulminou de “Cámara de mierda ”, o colegiado de segunda instância. Neste caso, a linguagem oficial pode funcionar como purgante nacional na Argentina.
Retoques:
* O povo que produz soja vive momento de euforia, principalmente para quem pode esperar oferta propícia. Difícil é entender o choro pelo preço dos defensivos que, embora acompanhe o dólar, representa bem menos em soja que nos anos anteriores. Pelo menos é a informação.
* A liberação do espaço para pedestre na esquina da Morom com a Benjamin ficou um espetáculo. Fim do estresse para caminhar. O novo passeio é obra bem acabada, mesmo com pedras antigas aproveitadas. Somando a calçada nova com o edifício luxuoso (em mármore) construído pelo Dr. Juarez Azevedo, a rua Morom sente-se presenteada neste natal.
* Muita gente jovem conquistando vaga na universidade. Nossa homenagem à Aline Maciel Mallman, a quem desejamos sucesso no curso de Direito. Aline é oriunda da Escola Tiradentes. Sempre foi dedicada.
* O Supremo decidiu que os condenados no processo mensalão perdem mandatos eletivos. O placar revela questão polêmica em que o Congresso chegou atrasado para qualquer providência, pois poderia ter procedido julgamento ético de questão grave e já vetusta nos bastidores partidários. E a fila andou.
* Temos indústrias novas e tradicionais, avançando a galope no período mais recente. Com isso cresce oportunidade emancipatória pela referência de trabalho em Passo Fundo. Um detalhe de paternidade responsável reflete conceito novo de plano de vida familiar, prevendo exigências básicas dos filhos. Neste caso o controle de natalidade é deliberação do casal, prevendo também as condições de vida. Em populações paupérrimas o relato das organizações mundiais constata que a miséria ativa fortemente o princípio da sobrevivência do ser humano como espécie. Na África o conceito é ter filhos para ter quem socorra os pais, como derradeira tentativa de salvação. Isso determina a perpetuação de condições materiais muito difíceis, e muitos filhos morrem antes dos cinco anos.