O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) garantiu, a partir de hoje, a retomada das obras de duplicação da BR 285, em Passo Fundo. Os trabalhos estão paralisados há pelo menos 10 dias. A previsão de conclusão dos 2,5 quilômetros da rodovia, que ligam o trevo da perimetral leste, até o posto da 8ª Delegacia da Polícia Rodoviária Federal, era para o final de dezembro. Com a revisão do projeto e nova licitação, foram incluídos mais 300 metros de duplicação, estendendo até o trevo de acesso à Universidade de Passo Fundo (UPF). Com isso, o prazo para entrega da obra passou para 1ª de março. O orçamento inicial de R$ 11,7 milhões, também aumentou para R$ 13,4 milhões.
Sobre a lentidão no andamento da obra, o engenheiro do Dnit, Adalberto Jurach afirma que o trabalho, iniciado em junho de 2011, segue dentro do prazo planejado e que a paralisação ocorreu em função do recesso de natal e ano novo. “Muitos trabalhadores são de outras regiões e viajaram para visitar familiares. Mesmo porque, choveu muito nesse período, de qualquer forma, não teríamos condições de trabalhar” explica.
Além dos 300 metros incluídos na revisão do projeto, faltam ainda obras de conclusão no entroncamento com a perimetral leste, no trevo de acesso ao bairro São José e complementação na rótula da avenida Brasil. A transferência da rede de distribuição de energia, no trevo que liga os bairros São José e Parque Farroupilha, foi concluída pela RGE no início de dezembro.
Lentidão
A comerciante Nelci Felini reclama da lentidão das obras. Proprietário de uma loja de artigos tradicionalistas, localizada em frente ao trevo do bairro São José, ela diz que o movimento caiu até 70 % em razão da falta de acesso até a loja. “Abriram esse buraco aqui há mais de 70 dias e deixaram assim. Quando chove vira barro, quando tem sol ninguém aguenta a poeira” protesta, dizendo que precisa manter a porta fechada durante todo o dia para evitar estragos nas mercadorias. Segundo ela, com a obra, turistas que viajam em direção ao litoral deixam de parar em seu estabelecimento pela dificuldade do acesso. “Quem é daqui faz o retorno, mas quem é de fora passa direto. Nosso sentimento é de indignação pela falta de respeito ao cidadão” diz.