Após o milagre econômico que abusou do fechamento da economia, intervindo diretamente no setor produtivo na proteção dos produtores brasileiros, o Brasil a partir dos anos 90 começa uma agenda de reformas, primeiro no Governo Collor, seguindo com mais intensidade com o Governo FHC.
Com o Plano Real, a inflação caiu rapidamente, de cerca de 900% em 1994 para menos de 15% em 1995. Aumentando o poder de compra da massa assalariada. Seguindo o Plano Real, outros avanços foram introduzidos, como as privatizações, regulação do sistema financeiro e corporativo, abertura da economia e o tripé macro que vigora até hoje.
Ainda no primeiro governo Lula, aprofundou-se as reformas no campo financeiro, no combate a pobreza, além de um incremento significativo no superávit primário que reforçou a disciplina fiscal e monetária, possibilitando o crescimento do crédito e aproveitando a fase do boom global, entre 2003 e 2008, entenda-se valorização das commodities.
Com a crise de 2008 do subprime americano, a agenda de reformas foi interrompida, passou-se ao conceito de políticas anticíclicas, ampliação de crédito consignado, redução de IPI sobre bens duráveis, ampliação dos prazos de financiamento.
Nas décadas de 50 a 70, o Brasil deu um salto, com o PIB per capita indo de 12% para 24% do americano. Com todo o esforço dos últimos 20 anos, ainda estamos em 20% do PIB per capita americano.
Não cabe aqui, qualquer juízo de valor, sobre o certo e o errado, o fato é que ao invés de aprendermos com o passado, repetimos os mesmos erros econômicos que nos levaram ao fracasso e a quebradeira econômica. Precisamos fazer com que o Estado seja eficiente, investindo mais e melhor, principalmente na educação, pois enquanto as nações desenvolvidas já incorporaram a sociedade do conhecimento, nós aqui no Brasil falamos em industrialização.