O lago da antiga pedreira da ERGO no Bairro São José foi uma das alternativas utilizadas pela Corsan durante o período mais crítico da estiagem em 2012. De lá, saíram cerca de 800 milhões de litros de água para garantir o abastecimento da população. Agora a companhia irá auxiliar na reposição da água que foi retirada e que deixou o nível do lago 25 metros abaixo do normal. Uma adutora irá captar a água do Arroio Miranda e transpô-la para o local. A manobra tem como objetivo garantir que o lago esteja abastecido caso haja novamente a necessidade de utilizar a água daquele local.
De acordo com coordenador operacional da Corsan em Passo Fundo Rubens Maciel a adutora já está pronta e testes já foram realizados. No entanto a atividade está suspensa para que alguns problemas técnicos possam ser corrigidos e a transposição volte ao fluxo de 400 mil litros por hora. Durante o período em que a adutora funcionou o nível do reservatório já havia subido 40 centímetros. A expectativa é de que o nível normal demore cerca de 75 dias para ser alcançado.
O problema técnico mencionado por Maciel diz respeito ao flutuador utilizado para manter a bomba que capta a água na superfície. Ele explica que como os equipamentos são pesados eles estavam afundando e com isso puxavam areia do leito do rio. A estrutura utiliza energia elétrica de geradores e deve voltar a operar nos próximos dias.
Maciel pondera que as previsões de chuva ainda não criam perspectiva para utilizar novamente a água do lago.
Relembre
Entre maio e junho de 2012 a Corsan transpôs a água do lago da pedreira para o Arroio Miranda. No total, foram retirados cerca de 800 milhões de litros. O volume foi equivalente ao consumido em 15 dias em toda a cidade. Mesmo com o encerramento da transposição ainda no final de junho de 2012, o lago não havia apresentado uma melhora significativa no nível que deveria ser recuperado com a água da chuva e de vertentes.
