Inflação pode ser entendida como um aumento contínuo e generalizado no nível de preços. Ou seja, os movimentos inflacionários representam elevações em todos os bens produzidos pela economia e não meramente o aumento de um determinado preço.
Uma Resolução do Banco Central do Brasil (BACEN) estabelece a meta da inflação para o ano de 2013 em 4,5%. Com um intervalo de tolerância de 2 p.p. (pontos percentuais) para menos e de 2 p.p, para mais.
Ao ultrapassar as expectativas e atingir a casa de 5,84% em 2012, a inflação alcançou nível acima das projeções do Banco Central, causando preocupação aos analistas de mercado, pois mais uma vez o BACEN, órgão encarregado de empurrar a inflação para dentro da meta de 4,5%, não alcançou o objetivo proposto.
Para os desavisados de plantão, ou ate mesmos os desinteressados em inflação, a diferença ao olhar do senso de comum de 1,34% p.p, é baixa, irrelevante, não causa transtornos ao cotidiano das pessoas e das famílias. Equivocam-se quem pensa dessa maneira, essa diferença, representa uma variação de 29,77% para mais.
Esta é a conta real que analistas, economistas, administradores e empresários fazem todos os anos ao detectar que a meta de inflação não é alcançada, algo não está acontecendo como planejado, e a grande questão é saber quem está falhando, o BACEN ou o Governo? Enquanto se discute quem falha a conta é paga pelas classes que dependem de rendimentos fixos, os quais possuem prazos legais de reajuste, sendo que a inflação causa distorções relativas à redução do poder aquisitivo dessas classes.
Por outro lado, a expansão do PIB alardeada pelo Governo Federal em 4,5% no ano de 2012, o que seria um PIBão, transformou-se num PIBinho. Os dados oficiais ainda não foram divulgados estima-se em crescimento do PIB na casa de 1% no ano de 2012.
Para a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), o impacto da crise financeira na indústria e a queda dos investimentos produtivos farão com que a economia brasileira termine o ano na lanterna do crescimento da América do Sul, com expansão de 1,2% em 2012. Somente o Paraguai, cuja economia deve encolher 1,8%, terá desempenho pior do que o brasileiro.
Para 2013, a CEPAL projetou um aumento de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, lastreado em medidas já anunciadas, como desoneração da folha de pagamento para alguns setores, queda da taxa de juros e depreciação de mais de 30% na taxa de câmbio. Por sua vez o BACEN, definiu como meta de inflação para 2013 4,5%. Agora nos resta aguardar os desdobramentos da política e da economia.