Passo Fundo deve manter ambulância da Samu

Há mais de dois anos em poder do Município o veículo de UTI móvel não está sendo utilizado por falta de profissionais, mas administração tem compromisso em ativá-la

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O secretário municipal de Saúde, Luiz Artur Rosa Filho, assegura que o Município trabalha para colocar em funcionamento a ambulância com suporte avançado do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Em reunião realizada na tarde de ontem (16) com o coordenador da Samu, Fabrício Toledo, foi avaliada a situação atual do serviço. Uma solicitação recente feita pelo Ministério da Saúde estipula que os municípios brasileiros que não implantaram as unidades realizem a devolução. Em Passo Fundo o serviço funciona desde abril de 2011, apenas com a ambulância de suporte básico (SB), embora o outro veículo, conhecido como UTI móvel, tenha sido entregue ainda em outubro de 2010.  Porém, o secretário, à frente da pasta há duas semanas, desconhece qualquer notificação a respeito.

“Não me preocupa essa questão, se o ministério exigir a ambulância de volta iremos entrega-la sem problema, mas temos o processo para a implantação do suporte avançado”, comenta, reafirmando o compromisso da administração. Rosa Filho afirma que mesmo antes da atual gestão assumir a Prefeitura, já existia uma decisão política para implantar o suporte avançado. “O suporte avançado ofereceria o atendimento médico pré-hospitalar. Com isso, o indivíduo que tem um acidente na rua pode ter o primeiro atendimento, que pode ser decisivo para a vida, já na ambulância até que ele receba o recurso mais adequado que seria o hospital”, exemplifica.

O secretário relata que nesta ambulância é necessário um motorista, enfermeiro e médico para cada atendimento, profissionais que não foram contratados. “Quando houve o processo seletivo, é a justificativa da gestão anterior, não teria havido profissionais interessados em trabalhar no suporte avançado”, esclarece. Rosa Filho também pondera que não são contratações simples. “É uma equipe que precisa seguro de vida, que trabalha à noite”, comenta. O custo total para a manutenção da equipe e equipamento seria de aproximadamente R$ 90 mil, enquanto o repasse estadual gira em torno de R$ 45 mil, de modo que a Prefeitura precisaria complementar o investimento. Está em fase de estudo a disponibilidade de recursos a serem alocados.

Números

Conforme o coordenador da Samu, Fabrício Toledo, atualmente 14 pessoas atuam no Samu em Passo Fundo. A previsão inicial, consideradas as duas unidades cedidas ao município, era de formar uma equipe composta por 30 profissionais. Com a unidade de suporte básico em funcionamento, atuam de forma alternada seis técnicos em enfermagem, seis condutores, um enfermeiro e um coordenador. São feitos, em média, 260 atendimentos por mês. Em foram prestados 232 socorros e em janeiro, até o dia 15, 109 atendimentos.

Uso eventual

Sobre o estado destes equipamentos, que estariam há mais de dois anos parados, o secretário pontua que estão conservados, pois eventualmente a ambulância de suporte avançado é utilizada como carro reserva. “A ambulância está em funcionamento. Ela não está, nem nunca esteve abandonada. Inclusive, a equipe a usa muitas vezes quando a outra, a SB, está em manutenção por algum motivo”, afirmou.

Prazo e novo local

Rosa Filho é cauteloso e prefere não prever o tempo necessário para que a UTI móvel esteja em efetivo funcionamento. De acordo com o secretário, a coordenação do Samu já está autorizada a iniciar os contatos com Porto Alegre para viabilizar a questão. “Não estipulo prazo porque não sei qual o tempo da burocracia para contratação dos profissionais e que Porto Alegre irá demandar para autorizar”, avalia. O secretário já prevê que um novo local deva ser providenciado, pois a instalação atual, junto ao Hospital Municipal, não seria adequado para receber a nova equipe.

 

 

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