Faz parte da pluralidade de interesses, confessáveis ou não, e também faz parte da pluralidade de opiniões, o que se pensa e o que setores da política pretendem impingir em relação à era Lula. As incursões oposicionistas, no entanto, não derivam de segmentos que tenham apresentado trajetória primorosa na vida democrática do país. O cerne dos ataques orquestrados é o propósito de minar a própria história, na ausência total de um projeto e prática de transformação semelhante ao que protagonizou o presidente Lula. O vazio quase absoluto de proposta por parte da oposição histórica pode levar opositores desacostumados com a democracia a equívoco de maledicência. Essa ira impotente não é o partido de oposição, o tucanato em si, mas a costumeira forma de dilapidar a história consolidada de um período. A soberba de uma aristocracia, talvez ferida na acepção do status de elite dirigente, acaba de ser flagrada num cochilo imperdoável: a perplexidade com a versão que consolidou o período Lula. E agora, José? Agora que o cachimbo caiu, o que farão os faraós da manipulação de mídia? Quem esperava que Lula se acabasse na mera falta de diploma perdeu o tempo e não carimbou nada, a não ser evidências de casos de corrupção ocorridos num governo que também colaborou para punição dos infratores. Os mais raivosos adversários constatam hoje que a população entende que sempre houve corrupção no poder. Mas não demonstraram que são melhores, por exemplo! Ao subestimarem Lula, esperando que se esfacelaria sozinho por ser ignoto, os inimigos mais prepotentes deram com os burros n’água, e perderam tempo demais. Lula se consagrou e consolidou uma era.
Rubem Braga
O jornalista e escritor, Rubem Braga, que foi o maior cronista da República, completaria 100 anos neste mês, mas faleceu em 1990. Nome celerado em vários encontros literários, esteve em Passo Fundo na Jornada de Literatura. Faço o registro por que fiquei impressionado ao vê-lo na casa do professor Acioly quando a professora Tânia liderava as primeiras edições da Jornada. Cumprimentamos o autor, mas sem ousar uma conversa. O cara era tão importante que bastava vê-lo.
A obsolescência
A palavra assusta como aconteceu conosco ao ouvi-la dias atrás. É fenômeno questionado pelo movimento preservacionista, diante da produção em série de tanta coisa descartável em nossos dias. O que acontece com a pouca duração dos bens fabricados é uma produção feita para consumir mais. Além da pouca durabilidade dos equipamentos o atual modelo criou o grande volume de lixo, principalmente eletrônico, ainda não administrado pela humanidade. Os efeitos da obsolescência assustam!
Maria Súria
Muitas pessoas da comunidade foram despedir-se da professora Maria Súria Dipp, sepultada ontem, uma referência na história educacional de Passo Fundo, juntamente com sua irmã Gessi, também já falecida. As duas irmãs marcaram presença na família de nossa terra pela dedicação rigorosa no magistério, e sempre com muita ternura. Nossa solidariedade à família Dipp.
Retoques:
- A campanha pelo respeito ao pedestre tem apontado progresso na boa convivência entre cidadãos. O problema, para algumas exceções ocorre na memória dos que só funcionam com multa!
- O código Brasileiro de Trânsito completa 15 anos. Cada ano esta legislação passa a ser mais importante para o cotidiano.
- Mais de uma centena de municípios ainda não se habilitou para formar o quadro próprio de agentes fiscais.
- Tivemos a oportunidade de falar brevemente com o vice-prefeito Juliano Roso. No caso parece mais apropriado sua função enfatizando o contato político, sem exercer função de gestor na secretaria, mercê suas qualidades e experiência parlamentar.
- O prefeito Luciano vai reativar plenamente o Ginásio Teixeirinha. A obra de grande vulto, além de custar caro para os cofres públicos sempre foi vista como pau que nasceu torto. Logo depois da inauguração foi inundado pela água da chuva. Se não ocorrer mais infiltração a reforma poderá dar certa. Oxalá!