Durante o ano passado o Corpo de Bombeiros de Passo Fundo trabalhou em um projeto para aquisição de um caminhão de combate a incêndios chamado de autoplataforma. A compra seria feita pelo governo federal e o veículo seria repassado para o município através de uma emenda do deputado Beto Albuquerque. Porém, ontem receberam a notícia de que o caminhão não virá mais. Beto manifestou sua indignação pelo fato de a emenda não ter tido o recurso empenhado pelo governo federal como deveria ter ocorrido. Segundo ele, não adiante depois lamentar tragédias. “Precisamos agir com prevenção”. O deputado elaborou a emenda para a compra do veículo porque a região Norte do Estado cresce verticalmente e porque o RS não possui um equipamento moderno como este. No Brasil, somente três estados dispõe da autoplataforma: Rio de Janeiro, Distrito Federal e Pernambuco. Para o orçamento deste ano, Beto fez emenda para a compra do caminhão para a região Metropolitana.
Conforme o major Ceolin, do Corpo de Bombeiros de Passo Fundo, o deputado encaminhou uma emenda parlamentar solicitando a aquisição de um veículo chamado de autoplataforma da Copa do Mundo e para grandes eventos para o município. “Como o deputado havia feito uma intervenção para esse veículo vir a Passo Fundo, o caminhão seria adquirido pelo governo federal, iria trabalhar na Copa do Mundo no município de Porto Alegre, pela questão de grandes eventos, e depois ele ficaria como legado para o município de Passo Fundo”, explica o bombeiro.
Porém, a notícia que receberam é que a emenda teria sido vetada. “O que ficamos sabendo hoje (31) é que parece que houve um veto em cima dessa emenda e esse recurso foi perdido”, comenta. Porém, o major afirmou que soube também que o deputado está trabalhando para reverter essa situação. “Soubemos que o deputado Beto estaria em esforços para tentar mudar essa situação ou propor uma nova emenda. Trabalhamos muito nesse projeto no ano passado”, salienta.
Funrebom
Outra luta do Corpo de Bombeiros de Passo Fundo é por conseguir a quantia de R$ 300 mil para equipar um novo caminhão de combate a incêndio. De acordo com o major Ceolin, desde que foi montada a legislação de prevenção contra incêndio, toda comunidade de Passo Fundo, quando precisa de vistoria em seu estabelecimento, recolhe o valor de uma taxa que é depositada em uma conta. “Estes valores compõem o Funrebom e ficam depositados no banco Banrisul, numa conta da prefeitura de Passo Fundo, mas administrada pelos bombeiros do Estado”, explica.
O Funrebom (Fundo de Reequipamento dos Bombeiros) do ano passado rendeu a quantia de R$ 190 mil que foi aplicada na compra do chassi de um caminhão. “Juntamos toda essa taxa, guardamos, economizamos todos os valores, para no final do ano conseguir comprar o chassi de um caminhão, que está aqui”, comenta o bombeiro.
O próximo passo seria equipar este veículo. “Temos agora que mandá-lo para uma fábrica que encarroça caminhões, ou seja, que coloque o tanque de água e a bomba de incêndio para que possa operar como caminhão de bombeiro. Hoje ele tem somente um chassi e uma cabine. É impossível fazer ele trabalhar dessa forma. Para que possamos mandar para uma fábrica, precisamos de mais R$ 300 mil. Precisamos juntar esse valor para conseguir colocar esse caminhão operando em Passo Fundo”, salienta o major.