O incêndio na boate em Santa Maria impactou os donos de casas noturnas e promotores de festas. Por conta disso, além do Corpo de Bombeiros intensificar a fiscalização e as vistorias, os proprietários estão chamando profissionais de empresas especializadas para realizar vistorias e apontar possíveis irregularidades ou problemas com equipamentos de proteção contra incêndios. Em média, a demanda aumentou em 40% nessas empresas, seja com pedidos de recarga de extintores ou mesmo vistorias. Dentre as empresas pesquisadas, um dos profissionais salientou que a procura foi ainda superior, ficando por volta de 60% em comparação ao mesmo período do ano passado.
O objetivo é estar em dia para poder realizar as festas de carnaval. Graziela, que é funcionária de uma dessas empresas com sede em Passo Fundo, conta que diariamente atende clientes agendando o serviço. “Alguns pedem pressa, querem o serviço para o mesmo dia, mas tem muita gente ligando”, comenta ela. Com o aumento da procura, o serviço acaba ficando para um ou dois dias para a frente. “Todos os trabalhos que estamos agendando serão feitos, mas quem ligar nos últimos dias acho que não vai ser atendido”, completa.
Vistorias
Ainda no domingo seguinte ao incidente em Santa Maria, o Corpo de Bombeiros começou um trabalho mais intensivo de fiscalização e vistoria nas casas noturnas de Passo Fundo, quando realizou visita em 10 boates de Passo Fundo, porém seis não estavam funcionando. Dos quatro locais que estavam abertos, três estavam com trincos nas saídas de emergência e foram autuados. Um deles estava ainda com problemas nas saídas de emergência. No dia 29 de janeiro, terça-feira, cinco locais foram visitados. Destes, um foi autuado e multado por estar com trinco na saída de emergência.