Samba e tango no desfile da União da Vila

Os 300 componentes da Escola vão contar trajetória de Evita Perón

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O clima portenho deve tomar conta da Avenida Sete de Setembro, no próximo sábado, quando a Sociedade Beneficente e Cultural União da Vila entrar na passarela do samba. A escola vai retratar a trajetória de Maria Eva Duarte de Perón, ou Evita como é chamada pelos argentinos. 

Para desenvolver o enredo “Não chores por mim Argentina – a Vila canta Evita, a mãe do povo” a escola conta com a presença de 300 componentes, divididos em 10 alas e quatro carros alegóricos. A inspiração do tema é do carnavalesco Balduíno Franzen, 55 anos. Interessado pela história e pelas artes, ele vem pesquisando a personagem, venerada por alguns e odiada por outros, há vários anos. “Ela era iluminada, a mãe dos pobres. Naquela época já falava em inclusão social. Veio de uma família simples e não esqueceu suas origens” comenta.

Assim que definiu o tema, o próprio Pai Badi de Oxum, como é chamado, tratou de compor a letra do samba-enredo. Em seguida, foi a Santa Maria buscar parceria na música, com Flavio Pedroso, 32 anos, que também será o intérprete da Vila, acompanhado de seu pai, Guaraci Pedroso.

Enquanto cuida dos últimos detalhes das fantasias, Franzen adianta que a escola vai retratar os momentos mais marcantes na vida de Evita, desde a saída Los Toldos, sua cidade natal; a chegada em Buenos Aires; o casamento com Juan Domingo Perón; os anos no poder; até sua morte precoce aos 33 anos, vítima de um câncer no útero. “Foi uma líder mundial reverenciada até hoje. Um dos nossos carros alegóricos vai simbolizar o funeral dela” adianta.

Assim como as demais escolas, a União da Vila, comandada pela presidente Maria da Graça, também vai contar com componentes de outras cidades. Além do intérprete, a harmonia (dois cavacos e um violão de sete cordas) é de Santa Maria. O casal de mestre-sala e porta-bandeira vem de Porto Alegre.

Coringa no carnaval
Afastado há quase dez anos do carnaval de rua de Passo Fundo, Balduíno Franzen voltou em grande estilo. Além de assinar como carnavalesco, compôs o samba-enredo, e cuida de cada detalhe da escola, com a autoridade de quem já ganhou dois carnavais de Passo Fundo, nos anos 90, com a Mocidade Independente. “Naquela época, além de carnavalesco, eu também era intérprete” lembra.

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