O fechamento da unidade da Escola Aberta de Passo Fundo não está nos planos da 7ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) para tão logo, conforme afirmou o coordenador adjunto Adalmir Jacob Schaeffer. Segundo ele, o que está sendo feito é uma análise da questão estrutural da escola, que atende uma clientela diferenciada. “Estamos vendo o que podemos fazer com a estrutura, não podemos deixar como está, mas não podemos mexer com o que não é patrimônio do Estado”, explica.
Até o momento ela continua funcionando com aulas e oficinas conforme vem sendo feito desde o início das atividades e teve o início das aulas junto com o calendário letivo do restante das escolas da rede estadual. Segundo a direção da escola, nenhuma comunicação foi feita com relação ao possível fechamento da unidade. Entretanto, a coordenadora regional de Educação, Marlene Silvestrin, titular da 7ª Coordenadoria Regional de Educação, afirmou que todas as escolas da rede estadual da área de abrangência da 7ª CRE estão sendo estudadas pela coordenadoria, seus professores e diretores, mas que ainda não se chegou à discussão sobre a Escola Aberta.
“Não temos nada oficial e a informação do fechamento não tem qualquer teor legal”, destaca. De acordo com ela, existe o pensamento de discutir sobre o funcionamento da Escola Aberta, mas isso será feito junto com os professores e direção. “Por enquanto não há nada, legalmente. Vamos discutir sim, pois estamos discutindo todas as escolas. Hoje não existem mais escolas no Estado neste modelo. Não existe política estadual de continuidade, então teremos que discutir sim a Escola Aberta”, salienta.
A Escola Aberta funciona em local locado pelo município e com recursos humanos fornecidos pelo governo do Estado.
Escola Aberta
As Escolas Abertas foram criadas no estado do Rio Grande do Sul no início dos anos 2000. O objetivo inicial era oferecer um espaço diferenciado de escola para estudantes em situação de vulnerabilidade e/ou em situação de medidas protetivas. Para tanto, eram oferecidas aulas em horários alternados e, em princípio, a proposta era a de não fazer a tradicional chamada para verificar a presença dos alunos em sala de aula. Dessa forma, o aprendizado se daria conforme o comparecimento e interesse do aluno. Além disso, o projeto propunha o oferecimento de oficinas, de forma a oferecer um aprendizado lúdico para os frequentadores.
Entretanto, ao longo dos anos a estrutura e o funcionamento sofreram algumas alterações. No município, por exemplo, como forma de humanizar o atendimento, a escola passou a ser chamada de Escola Passo Fundo e não mais Escola Aberta.
