OPINIÃO

Nacionalismo

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Mulher e outros dias
Para falar sobre  a mulher, quase sempre tem sido inevitável recorrer ao verso do poeta, à letra daquela música, pungente ou suavemente feliz, às  flores e seus perfumes, aos acordes de vozes ou instrumentos musicais. Até mesmo a tristeza inspirou paixões  dramáticas, mal resolvidas ou palpitações oníricas finalmente agraciadas. E são sempre  emoções fortes, dominadas ou não, até que o impossível se converta numa obra  de arte na tela do pintor. No intento de aliviar tensão emotiva, ouvíamos a música de Taiguara, ou Milton César,  em sucesso dos anos 70, onde a frase exasperada do cantor parecia saltar do coração para a boca dizendo: “... eu quero que você morra, para eu poder viver”.  Bem! Essas e outras manifestações misturam mulher e paixão, e o que não parece fácil é separar isso. E quando o homem vira discurso, prometemos o céu, a terra e o mar, incluindo nisso tudo o vento e o fogo. No fervor do impulso, esquecemos de escolher a hora e o lugar para entregar tudo isso.

Diferença na igualdade
 Mas a mulher ressurge na vida humana em atitude de libertação. Talvez com mais aflição. O homem começa  a entender que a mulher é imprescindível para nutrir-nos a vida,  e quer ser conquistada. Cada vez menos dominada pela força ou artifícios. Contrário a frases jocosas e superadas, vemos a mulher pensante e culta que quer ser parceira. Nem se fala no dom e na missão de ser mãe que a torna inelutavelmente envolta nesta aura sublime. Por isso, é preciso conter o ímpeto da intervenção naquele momento que é somente dela, em que ela busca sua própria paz. É preciso também silenciar e percebermos quando sucede este momento que é somente seu...

Democracia de Chávez
Desde que assumiu o governo  venezuelano Hugo Chávez  tem sido visto pela mídia como fraudador da democracia. Poucos assumem a seriedade de discutir o que pairava  sobre o destino do povo venezuelano antes  de  sua chegada ao governo. Os  tentáculos estrangeiros sufocavam o  direito do povo ao progresso social. A  trajetória de Chávez foi uma ascensão de inconformismo popular  definida implacavelmente como nacionalismo de  republiqueta de quinta categoria. Essas coisas  são ditas a  esmo por supostos ícones  da informação da  grande imprensa. Alguns  desses se omitiram na Operação Condor comandada pelos EUA. Agora, com um movimento que todos sabem ser a  democracia precária, como foi a nossa  até recentemente, esta visão sectária, com a  faca e o queijo na mão, trata sem parcimônia. Nenhuma democracia nasce pronta. Por isso é preciso ter cuidado ao se afirmar que um povo que começa a  ter mais comida na mesa está singelamente sendo enganado.

Nacionalismo
Nós, no Brasil, ainda não passamos a barreira do nacionalismo desenvolvimentista, considerando a trajetória econômica. O estado democrático de direito social, no entanto, evoluiu bastante. A polêmica constitucional firmou bases. Na Venezuela a caminhada precisa apressar. As eleições a  serem convocadas, provavelmente vão gerar avanço na vida nacional. O nacionalismo chavista acendeu a vontade popular e fez brotar desejos de liberdade, sem retroceder na  defesa das divisas de estado. Esse é o primeiro passo que entre situação,  comandada por Maduro, poderá estabelecer rumo de credibilidade, contando com uma oposição persistente e fiel aos interesses do povo. Isso não se constrói num piscar de olhos. Os brasileiros sabem disso.

 Na cruz de cabeça pra baixo
Qualquer site de busca oferece informações, com ou sem restrições ao bom senso, dando uma idéia do que tem sido a milenar história da  Igreja Católica, a atuação de seus prelados e o próprio papado. Ainda no primeiro milênio foram perpetrados verdadeiros atentados contra sensatez humana,  contra a Igreja e todas  as pessoas de bem. Mas foram exceções. Os escândalos de hoje não devem assustar. Já foi muito pior. É possível ser otimista se avaliarmos que a cúpula romana está disposta a lavar a roupa suja, nem que seja em casa. Lembremos que Pedro optou pelo martírio, crucificado de cabeça para baixo! Gesto de renovação.

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