Casa Schell não é mais patrimônio histórico

Decreto que tombava provisoriamente a edificação como bem integrante do patrimônio histórico-cultural do município foi revogado

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A falta de documentos que comprovassem o valor histórico, a descaracterização física e a arquitetura singular da Casa Schell fizeram com que o prefeito de Passo Fundo, Luciano Azevedo, revogasse o decreto nº 197/2012, assinado pela administração anterior, que tombava provisoriamente a edificação. A revogação foi publicada no dia 08 de março pela prefeitura. O imóvel está localizado na esquina da Avenida Brasil com a rua Teixeira Soares, no centro.  

Conforme relatos, o imóvel teria sido construído pelo primeiro imigrante alemão residente na cidade, Adam Johannes Schell, que morou no local de 1836, ano da construção, até 1878, ano de seu falecimento. No entanto, estas informações não conseguiram ser comprovadas.

A decisão de revogação foi baseada em um laudo técnico realizado pela Secretaria de Planejamento. O laudo apontou que o imóvel não se destaca por sua arquitetura singular, que não existem documentos que comprovem o valor histórico do imóvel e que a edificação está em avançado estado de descaracterização.

Conforme a secretária de Planejamento, Ana Paula Wickert, a edificação perdeu a sua originalidade. “Nós fizemos vistoria e constatamos que a edificação está bastante descaracterizada e não houve comprovação documental que a propriedade fosse do seu Adam Schell”, justificou a secretária.

Com esta decisão, as características arquitetônicas da casa não estão mais protegidas e, portanto, não precisam mais ser preservadas pelo proprietário. Ana Paula informou que o processo que tramita na Secretaria não prevê a destruição do prédio. “O projeto apresentado mantém a edificação. A ideia do proprietário é fazer salas comerciais no local”, informou Ana Paula. A secretária disse que se a caracterização da casa e do entorno dela tivessem sido preservados no passado, as chances de tombamento seriam maiores. “Se houvesse a intervenção há 15 anos teríamos mais chance de êxito”, argumentou a secretária.

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