Agricultores se unem para arrumar estradas intransitáveis

?EURs vésperas do início da colheita de soja, estradas da Vila Colussi estavam intransitáveis para caminhões e colheitadeiras

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Estradas estreitas, cheias de buracos e pedras soltas. Esta é a realidade enfrentada pelas famílias moradoras da Vila Colussi, no interior do município, há quase oito anos. As estradas intransitáveis para caminhões e colheitadeiras deixam os produtores rurais temerosos com a chegada da época de colheita da soja. Com o grão pronto para ser tirado do campo, um grupo de agricultores cansou de esperar a atenção da Prefeitura e resolveu utilizar máquinas particulares para melhorar a situação de aproximadamente 10 quilômetros de estradas. Logo após a finalização do trabalho eles iniciam a colheita. A Secretaria do Interior alega que a falta de maquinário impede o atendimento a todas as comunidades ao mesmo tempo.

Os agricultores que realizaram o trabalho na segunda-feira contam que há quase oito anos enfrentam o problema. De acordo com eles as desculpas são as mais variadas, desde a falta de operadores, de óleo para máquinas ou problema nos equipamentos. A estrada é utilizada por pelo menos 10 famílias que produzem soja, milho e hortifrutigranjeiros. A área cultivada estimada pelo produtor Wagner Biffi, 28 anos, é de aproximadamente 200 hectares.

Em outro ponto em São Brás, que fica próximo à localidade de Vila Colussi, o problema é com o mato que cresceu na beira da estrada e os agricultores não podem fazer a limpeza. O agricultor Dércio Biffi conta que em outros anos os moradores chegaram a fazer o trabalho, mas tiveram problemas com a fiscalização da Secretaria do Meio Ambiente que não havia liberado o manejo. Pelas estradas, além das máquinas e caminhões em época de colheita, passa, duas vezes por semana, o caminhão que recolhe o leite em algumas propriedades. Em alguns trechos uma valeta se formou no meio da estrada.

Além de poderem ter prejuízo com a colheita que se aproxima, as máquinas ficam danificadas devido a estrada irregular e também pneus dos caminhões furam com as pedras que estão soltas.

Plano dos 100 dias
A secretária do Interior Liliane Rebechi explica que o plano dos 100 dias lançado no início da gestão municipal está atrasado devido à falta de maquinário para atender as necessidades do interior. A Prefeitura chegou a liberar horas extras aos funcionários, mas não foi o suficiente para resolver o problema. Até agora, as equipes da Secretaria do Interior conseguiram passar pelos distritos de Bom Recreio e Pulador. O trabalho também está sendo finalizado no distrito de Capinzal. O próximo distrito a ser atendido é o de São Roque, que inclui a Vila Colussi e São Brás. “Infelizmente para esta safra é impossível deixar as estradas prontas, em alguns trechos elas precisam praticamente serem refeitas”, admite a secretária enfatizando que nenhum equipamento fica parado, a não ser para manutenção. A secretaria também se comprometeu com os produtores a fornecer a brita para colocar na estrada e facilitar o trânsito. Sobre as podas em beiras de estrada Liliane esclarece que é necessária de uma licença especial da Secretaria do Meio Ambiente para realizar o trabalho.

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