Os moradores de uma ocupação irregular no Bairro Leonardo Ilha fizeram uma manifestação na manhã desta terça-feira em frente à Prefeitura. O grupo pediu o apoio do prefeito Luciano Azevedo para ampliar o prazo para desocupação da área expedido pelo judiciário e que se encerra nesta quarta. Um grupo de representantes das famílias foi recebido por Azevedo, que esclareceu que neste momento a Prefeitura não tem como intervir devido ao caso estar na justiça e se tratar uma área particular.
De acordo com o representante dos moradores Adriano de Paula a justiça expediu na segunda-feira uma ordem para que eles deixassem a área em 48 horas, prazo que se encerra hoje. “Vamos ficar lá e se vier a polícia vamos ver o que acontece. Nossa posição é de não sair”, afirma. A proposta apresentada pelo grupo é de que o prazo fosse estendido. Além disso, há uma disposição dos moradores em pagar pela área, no entanto eles não dispõem de recurso suficiente para isso. A área ocupada por 203 famílias foi avaliada em aproximadamente R$ 1 milhão.
As famílias estão na ocupação desde o mês de outubro de 2012. Adriano destaca que 95% das famílias que ocupam a área estão inscritas em programas habitacionais. “Até agora não tiveram resposta nenhuma”, lamenta.
Prefeitura
O prefeito Luciano Azevedo entende que a situação enfrentada pelas famílias é um grave problema social. No entanto, como a decisão está sendo analisada pelo poder judiciário, a Prefeitura não teria como intervir. “É uma relação entre as famílias e os proprietários da área. Me parece que eles compreenderam isso e vão em busca de uma solução no judiciário que é o mais adequado neste momento”, analisa sobre o encontro. Azevedo disse ainda que o problema habitacional na cidade é antigo e de grandes proporções. “Estamos trabalhando para reestruturar a política habitacional no município, inclusive ampliando o orçamento da Secretaria de Habitação para que possamos dar soluções a questões como essa, mas isso demanda algum tempo”, afirma.
Azevedo disse ainda que a Prefeitura defende o cumprimento da lei e está buscando novas áreas para a inclusão em programas habitacionais.