Todos os dias os caminhões que fazem a coleta do lixo em Passo Fundo recolhem cerca de 160 toneladas de resíduos. Este material todo é levado para a usina de lixo onde começa o processo de destinação final. Primeiramente, é feita uma triagem. O que pode ser reaproveitado é separado pelos recicladores da Recibela (associação de catadores que atua no local), compactado e vendido para empresas que reutilizam estes materiais. Diariamente, cinco mil quilos de material saem do lixo para serem reaproveitados, gerando renda para os associados.
Entretanto, este montante poderia chegar a até 40% se houvesse mais mão de obra disponível. “O sistema que funciona hoje na usina tem condições de aproveitar de 30% a 40% do material que chega, tranquilamente. O detalhe para isso acontecer é que teríamos que ter mais catadores trabalhando”, avalia Cleber Bordignon, diretor da Reuse Brasil, empresa responsável pela destinação final do lixo. De acordo com ele, o que não é retirado pelos catadores é encaminhado para os aterros sanitários licenciados de Marau e Minas do Leão, o que corresponde a aproximadamente 140 toneladas por dia.
Boa parte disso poderia ser aproveitada se existisse mercado para produtos como plástico filme, por exemplo, ou para roupas. Todos os dias o lixo depositado tem de cinco a sete toneladas de roupas. “São muitas roupas: algumas em retalhos, outras um pouco velhas e outras em boas condições. É impressionante a quantidade. Estamos até fazendo um trabalho em cima disso, porque tem nos surpreendido a quantidade. Também muitos calçados. Hoje, se abrirem esses mercados seria muito maior a quantidade de material que poderia ser reutilizado”, avalia Bordignon.
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