Massa de jabuticaba, pastel de frango com butiá e mousse de araçá, foram alguns dos pratos servidos segunda-feira à noite, em Passo Fundo, no jantar de recepção da delegação de 10 cubanos, que está há 45 dias rodando pelo Rio Grande do Sul, num intercâmbio de técnicas e estudos voltados para a economia solidária. O projeto é uma parceria entre o Governo do Estado e Cuba.
O cardápio ficou por conta do Centro de Tecnologias Alternativas Populares (CETAP), que há 13 anos desenvolve a estruturação da cadeia de frutas nativas. O trabalho despertou o interesse dos especialistas cubanos. Na manhã de ontem, eles participaram de uma exposição detalhada do projeto. “O grupo veio conhecer a dinâmica, a operacionalização e o processo das frutas nativas” explica o integrante da equipe técnica do Cetap e coordenador do sistema agroflorestal, Alvir Longhi.
Conforme Alvir, a iniciativa envolve aproximadamente 300 agricultores das regiões: encosta da serra, campos de cima de serra e altos da serra. No processo são aproveitadas polpas de frutas como araçá, butiá, banana, guabiroba, jabuticaba, juçara (açaí gaúcho) e goiaba para a fabricação de alimentos. A polpa é empregada na confecção de pastéis de butiá, maionese de banana, pão de açaí, tortas, bolos, molhos para carnes, sucos e geleias. O principal produto da cadeia é o sorvete, lançado em dezembro do ano passado, pela Cooperativa de Consumidores de Produtos Ecológicos de Torres (EcoTorres).
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