A população mundial estimada pelas Nações Unidas deverá atingir 7,8 bilhões de pessoas em 2020 e chegar a 9,7 bilhões em 2050. A população brasileira deverá alcançar 214,8 milhões de pessoas em 2020 e 227,3 milhões em 2050, ainda segundo as Nações Unidas. As taxas de crescimento da população mundial serão decrescentes nos próximos anos, passando de 1,096% ao ano no período 2010-2015 para 0,435 no período 2045 a 2050.
Existe um forte movimento mundial de urbanização. Atualmente a taxa mundial de urbanização é de 50,6% (posição de 2010), mas pode chegar a 69,6% em 2050. Assim as Nações Unidas estimam que em 2050, 30,4% da população esteja em áreas rurais. O Brasil deverá seguir um padrão semelhante aos países desenvolvidos, sendo que a população urbana deve passar dos 36,2% observados em 1950 para 93,6% em 2050 (United Nations, 2011).
O envelhecimento é um tema que causa preocupações, segundo a ONU no ano de 2011 o percentual de pessoas na faixa entre 60 – 79 anos era de 9,5% em relação ao total da população levantada. Em 2050 esse percentual deve expandir-se para 16,8%. O crescimento do PIB mundial médio foi de 3,9% em 2010, com os países desenvolvidos crescendo, 3,6% ao ano e os países em desenvolvimento a 7,3%. Entre 2011 e 2021 o Mundo deve crescer a uma taxa média anual de 3,3%. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, 2012).
Mas o crescimento da China para a próxima década está projetado em torno de 8,0, e a Índia deve crescer mais de 8,0% ao ano segundo o USDA, 2012. De 2011 a 2021, o crescimento mundial está projetado para crescer a uma taxa média anual de 3,3%. O mais forte crescimento deve ocorrer nos países em desenvolvimento, particularmente na China e Índia, e países da antiga União Soviética.
O share dos países desenvolvidos no produto mundial deve cair de 67% (2010) para 59% no final do período das projeções (2022). A América Latina tem um crescimento projetado para a próxima década de 4,3% ao ano. Um aperfeiçoamento geral das políticas macroeconômicas tem atraído tem atraído particularmente investimentos internacionais diretos principalmente no Chile, Colômbia, e Brasil, e isso tem favorecido o crescimento da região. As economias desenvolvidas devem crescer 2,0% anualmente de 2011 a 2021.
As oportunidades para o agronegócio brasileiro encontram-se em produtos considerados dinâmicos que deverão ser o algodão, soja em grão, carne de frango, açúcar, milho e celulose. Esses produtos são os que indicam maior potencial de crescimento das exportações nos próximos anos.
Vários produtos devem apresentar aumentos expressivos de produção nos próximos anos. Mas a liderança nesse sentido deve ser da soja em grão, 25,1%, carne de frango, 56,1%, carne bovina, 32,3%, açúcar, 25,7%, café, 41,2%, maçã, 35,8% e celulose, 29,7%. Esses são aqueles que devem ter a maior expansão da produção entre 2011/2012 e 2021/2022.
Segundo o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), apesar do Brasil apresentar, nos próximos anos, forte aumento das exportações, o mercado interno continuará sendo um importante fator de crescimento. Em 2021/2022, 56,0% da produção de soja devem ser destinados ao mercado interno, e no milho, 84,0% da produção devem ser consumidos internamente. Haverá, assim, uma dupla pressão sobre o aumento da produção nacional, devida ao crescimento do mercado interno e das exportações do país.
Nas carnes, também haverá forte pressão do mercado interno. Do aumento previsto na produção de carne de frango, 63,0% da produção de 2021/2022 serão destinados ao mercado interno; da carne bovina produzida, 80,0% deverão ir ao mercado interno, e na carne suína, 81,0% serão destinados ao mercado interno. Deste modo, embora o Brasil seja, em geral, um grande exportador para vários desses produtos, o consumo interno é predominante no destino da produção. Será sim. Desde que o nível de desemprego continue baixo, os salários em elevação e que nenhuma crise mundial ou até mesmo uma crise fiscal ocorra.