A confirmação do primeiro registro no Brasil da bactéria altamente resistente NDM-1 (New Delhi metallo-beta-lactamase) no Hospital Conceição, em Porto Alegre, colocou em alerta também os hospitais de Passo Fundo. A orientação foi enviada pela Anvisa a todos as instituições do país no sentido de reforçar as medidas de precaução para reduzir o risco de contaminação dos hospitais com maior demanda de atendimento. A Comunicação de Risco, encaminhada pela 6ª Coordenadoria Regional de Saúde as todas as instituições de saúde da região, reforça a importância da detecção laboratorial precoce, o correto tratamento e a adoção de medidas de prevenção e controle. Segundo a fiscal sanitário da 6ª CRS, Sersi Marybel Lagni, apesar de não haver nenhum caso registrado na região, as medidas são necessárias para evitar que a bactéria contamine os ambientes hospitalares.
A preocupação também aumentou com a confirmação, pela Anvisa, de que nos últimos seis meses, outra superbactéria, chamada KPC (Klebsiella pneumoniae Carbapenemase), teria contaminado mais de 200 pacientes em UTI´s e emergências da capital. O perigo é que praticamente nenhum antibiótico consegue agir sobre o mecanismo de defesa dessas bactérias, restringindo o tratamento eficiente e podendo causar o óbito nos pacientes infectados.
Hospitais reforçam controle
O médico infectologista do Hospital São Vicente de Paulo, Gilberto Barbosa, confirma que nunca houve uma contaminação por bactéria multirresistente. “O caso da capital foi a primeira contaminação no Brasil da bactéria New Delhi. Nos ambientes hospitalares, existem uma quantidade muito grande de bactérias resistentes, mas com este padrão de resistência, onde praticamente só existe um antibiótico que pode funcionar, ainda não tivemos nada isolado no nosso hospital”, declarou.
A média de infecções hospitalares é de 3% no HSVP. No Brasil, o índice chega a 11%. Segundo a enfermeira do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) da instituição, Dionara Schlichting o número é considerado ótimo quando comparado aos demais hospitais. “Os índices apontam que uma em cada três infecções hospitalares podem ser prevenidas, ressaltando ainda mais o trabalho realizado pelo Controle de Infecção”, evidenciou.
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