Rodeada por diversas imagens e objetos religiosos espalhados pela sala, a aposentada Miguelina Silva Leyser, 54 anos, não esconde a satisfação de receber na sua modesta casa, nos fundos de um terreno na vila Industrial, dois hóspedes vindos de tão longe. Padre Edson Luiz Uzanowicz, 58 anos, de Manaus, e o irmão, Sebastião Carmagos, 69, de Confresa, Mato Grosso, viajaram mais de dois mil quilômetros para se juntarem a outros 70 missionários, de diferentes regiões do Brasil, que participam das Missões Redentoristas em Passo Fundo.
Até o final do mês, eles devem percorrer as 129 comunidades pertencentes à Arquidiocese de Passo Fundo, incluindo os municípios de Coxilha e Mato Castelhano, com o objetivo de “avivar a fé cristã”. A programação encerra em 30 de maio com saídas de procissões dos bairros em direção à igreja Santa Terezinha, na vila Rodrigues. A última edição das Missões realizada pela Congregação Redentoristas na cidade aconteceu no longínquo ano de 1952. Coordenador do trabalho, o padre Antônio Deziderio Frabetti explica que esse intervalo de seis décadas foi determinante para inclusão de Passo Fundo na agenda nacional.
Para realizar o chamado trabalho de evangelização com crianças, jovens e adultos, os missionários são hospedados por voluntários dentro das próprias comunidades. O período de permanência em cada bairro varia de três até 10 dias. Como não há tempo suficiente para visitar todas as moradias, eles priorizam escolas e casas com pessoas idosas e adoentadas. Geralmente à noite, acontecem as liturgias nas igrejas, onde são abordadas temáticas específicas como fraternidade, pecado, a pessoa humana, perseverança, entre outros.
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