Doado em 2011, o acervo com aproximadamente 3,5 mil títulos que pertencia ao político e médico Nicolau Araújo Vergueiro, estará disponível ao público a partir desta semana. O ambiente da biblioteca, com objetos pessoais e móveis, de um dos personagens mais importantes do município, no início do século XX, foi refeito e transferido da casa da família para a Sala de Acervos Privados do Arquivo Histórico Regional de Passo Fundo, no Campus III da UPF. A inauguração está marcada para a próxima quinta-feira, às 17 horas. Antes de ser levado ao AHR, o material histórico ficou sob responsabilidade do Instituto Histórico de Passo Fundo. O diretor presidente do Instituto, médico e pesquisador, Pedro Ari Veríssimo da Fonseca, assim que recebeu as chaves da sala onde a família de Nicolau Araújo guardava o acervo, logo tratou de buscar uma parceria com a UPF para que o material, juntamente com os móveis e demais objetos fossem encaminhados e devidamente preservados no Arquivo Histórico Regional. “A história não é para estar dentro das gavetas, tem que ser de domínio público” disse Veríssimo em entrevista a O Nacional, publicada no dia 30 de julho de 2011.
Falecido em março de 1956, Vergueiro deixou um pedido aos familiares para que aguardassem pelo menos 50 anos antes de tornar público seu acervo. O motivo da cautela, acreditam parentes, era preservar nomes de pessoas mencionadas nos oito volumes de memórias reunidas no ano de 1935, enquanto cumpria mandato de deputado federal, no Rio de Janeiro. O conteúdo está sendo disponibilizado na internet, através do site www.projetopassofundo.com.br
Para organizar os cerca de três mil títulos, a maior parte de bibliografias, funcionários do Arquivo Histórico trabalharam durante nove meses. As obras foram divididas por temas como economia, saúde, política, literatura, história e psicologia, além de documentos públicos do governo do Rio Grande do Sul e do município, fotografias e memórias.
Assistente do arquivo, o historiador Benhur Jungbeck chama a atenção para a importância dos periódicos doados. Até então, afirma, as revistas mais antigas do Arquivo datavam de 1918. No material de Araújo constam volumes da primeira década do século passado, como a revista Kodak, editada em Porto Alegre. “A partir dos anos 90, o material produzido pela imprensa, jornais, revistas, almanaques, passou a ser usado como fonte histórica pelos pesquisadores. Com a chegada desses volumes temos periódicos de todas as décadas do século XX” afirma, ressaltando que pelo menos três alunos do curso de mestrado em história já estão consultando o material.
A matéria completa você confere nas edições impressa e digital de O Nacional. Assine Já