A maior parte da erva-mate consumida no Rio Grande do Sul é destinada para o tradicional chimarrão. Nos últimos meses, os apreciadores da bebida viram os preços do produto aumentar na prateleira dos supermercados. A valorização animou os produtores. Alguns que tinham abandonado os ervais por vários motivos retomaram os cuidados para poder vender novamente a produção.
O agricultor Luiz Paulo Pol, de Sede Independência, há quatro anos não colhia as folhas e a derrubada do erval já estava programada. A área seria utilizada para o plantio de eucaliptos. Com a elevação do preço, retomou os cuidados e agora espera apenas a primeira geada para fazer a colheita. A produção dele não é processada na propriedade, mas vendida para ervateiras. Embora ainda não tenha negociado a produção, ele observa que há comentários de que a arroba da erva-mate está sendo vendida a até R$ 15. No final do último ano o valor pago pela mesma quantidade era de R$ 3. “É muito complicado conseguir mão-de-obra por ser rústica. É trabalho braçal porque tem que podar, fazer a roçada entre as plantas. Como a erva tinha preço ruim não valia a pena”, observa.
Ele acredita que embora o preço deva diminuir nesse período da safra, o bom preço deve permanecer por um bom tempo. “Quem tinha erva na beira de uma lavoura, arrancou e plantou soja. Se for plantar erva de novo, demora cerca de cinco anos para começar a colher”, justifica.
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