De acordo com dados do Ministério da Saúde, no Brasil existe 1,8 médico para cada mil habitantes. Na Argentina, a proporção é 3,2 médicos e, em países como Espanha e Portugal, essa relação é de quatro médicos. O déficit, pelos cálculos do MS, é de 54 mil médicos na última década. De 2003 a 2011, surgiram 147 mil vagas, contra 93 mil profissionais formados, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
O déficit é o principal problema apontado para a melhoria e ampliação do atendimento pelo SUS. Situação esta que levou, no início do ano, prefeitos que assumiram os mandatos a apresentarem ao governo federal uma série de demandas na área de saúde, dentre elas a preocupação com as vagas abertas para médicos nas unidades de saúde, porém sem profissionais interessados.
Na tentativa de minimizar o problema, no início deste mês, a presidente Dilma Rousseff anunciou a intenção de contratar 6 mil médicos de Cuba, além de profissionais de Portugal e da Espanha para trabalhar na atenção primária à saúde nestas regiões. Para o governo federal, este é um dos pontos mais críticos para garantir a saúde pública no país. De um lado, as associações e entidades que representam os médicos são resistentes à contração de médicos estrangeiros. De outro, a preocupação de governantes em encontrar profissionais interessados nas vagas abertas nas unidades do interior do Brasil.
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