Com a intenção de sensibilizar a população para a doação de sangue e, ao mesmo tempo, que seja criada uma cultura para que este ato se torne uma rotina para os doadores, a Prefeitura de Passo Fundo, em parceria com a Universidade de Passo Fundo e o Jornal O Nacional, lançaram nesta segunda-feira, 27, a campanha “Na veia do gaúcho corre a solidariedade”. “Queremos que todas as pessoas que fizerem a doação de sangue retornem, ou seja, que este ato se torne uma rotina, uma ação cultural. É justamente por tratarmos de cultura que a campanha também é ligada ao tradicionalismo gaúcho”, afirmou o diretor do Hemocentro Regional de Passo Fundo – Hemopasso, Jardeson Pires.
Para marcar o lançamento da campanha, a unidade móvel do Hemopasso realizou a captação de doadores durante o período da manhã, no campus da UPF. “Sangue não se vende nem se compra e este ato de doar não nos custa nada”, afirmou a analista de suporte, Ângela Cristina, que aproveitou a ocasião para doar sangue pela primeira vez. Já a secretária executiva, Francieli Vargas, que é doadora desde 2007, ressaltou que, para ela, a importância deste ato está na ajuda para que vidas possam ser salvas. “Para mim, este sangue não fará falta e, ao mesmo tempo, uma bolsa de sangue poderá auxiliar várias pessoas”, declarou.
O secretário da Saúde, Luiz Artur Rosa Filho, esclarece que o Hemopasso precisa estar permanentemente mobilizado para a captação de doadores já que seus estoques precisam ser, constantemente, renovados. Ele esclarece que alguns dos produtos do sangue não podem permanecer estocados por tempo prolongado. “A mobilização social é de grande importância, também, para atender a todos os municípios que recebem os hemocomponentes”, disse o secretário. No total, 139 cidades nas proximidades de Passo Fundo são atendidas através de contratos firmados com 54 hospitais da região
A campanha foi idealizada e desenvolvida por uma equipe constituída por professores, funcionários e estagiários dos cursos de Publicidade e Propaganda e Design Gráfico da UPF, e enfatiza o sentimento de amor pelo Rio Grande do Sul e suas tradições. Faz referência também ao aprendizado intrínseco das rodas de chimarrão: a partilha, o companheirismo, a cumplicidade, o respeito e o fortalecimento de laços familiares e de amizade. O gesto de estender o braço é parte da história do gaúcho e foi aplicado intencionalmente com sentido duplo: alcançar e ser capaz de passar adiante, tanto a cuia quanto o sangue doado.
O que é preciso saber para doar sangue
Para doar sangue é preciso apresentar documento de identidade oficial com foto, ter mais de 18 anos e peso superior a 50 kg. No dia da doação é bom não estar em jejum. O doador não pode ingerir bebidas alcoólicas nas 24 horas que antecedem a doação e deve evitar fumar duas horas antes da doação. Homens podem fazer até quatro doações por ano, ou seja, devem esperar o intervalo de 60 dias para cada nova doação. Mulheres podem fazer até três doações ao ano, ou seja, o intervalo é de 90 dias para cada doação.
Não pode doar sangue quem teve gripe ou febre nos últimos dias; quem recebeu transfusão de sangue nos últimos 12 meses; mulheres grávidas ou que estejam amamentando; quem fez tatuagem ou colocou piercing nos últimos 12 meses; quem teve diagnóstico de hepatite após os 10 anos de idade; e pessoas expostas a doenças transmissíveis pelo sangue como a aids, hepatite, sífilis e doenças de chagas.