Assaltos a ônibus urbanos tiveram redução de 76%

Situação de insegurança entre os profissionais diminuiu nos últimos 12 meses com a redução dos índices de roubos a transportes coletivos

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Durante o ano passado, Passo Fundo experimentou uma sequência de assaltos a ônibus urbanos sem precedentes, registrando ao final do ano mais de 100 ocorrências. A reação dos motoristas e cobradores perante a onda de assaltos fez com que um trabalho mais enérgico de repressão contra estes delitos fosse desencadeado pelos órgãos de segurança e, como resultado, entre o primeiro e o segundo semestre de 2012, os índices de roubos a coletivos urbanos tiveram uma redução de 76%. 

De acordo com o subcomandante do 3° RPMon., major Eriberto Branco, os roubos eram, no primeiro semestre de 2012 a principal demanda da Brigada Militar no policiamento em Passo Fundo. “Obtivemos a redução, mas ainda estamos acompanhando a situação. Basicamente temos trabalhado com as denúncias da população, o Serviço de Inteligência e as abordagens do Pelotão de Operações Especiais. Este ano os índices não são significativos se comparados com o primeiro semestre do ano passado”, explicou.

Também segundo o major, é difícil acabar com este tipo de crime. “É um delito que busca o dinheiro, pequenas quantias, de R$ 20 a R$ 100. Geralmente é praticado por usuários de crack e assaltam para manter o vício”, disse.Além do policiamento, a Brigada Militar também ministra palestras aos motoristas e cobradores de todas as empresas onde os profissionais recebem orientações de como proceder em caso de assalto. “Nós sempre orientamos os cobradores e motoristas, a não reagirem e deixarem a porta do ônibus sempre aberta. Por ser um crime praticado, na maioria dos casos, por dependentes químicos, se a portas for fechada ele pode ficar um pouco agitado e fazer alguma bobagem dentro do ônibus”, afirmou.

Assalto levou motoristas e cobradores às ruas
Há pouco mais de um ano, no dia 21 de maio de 2012, motoristas e cobradores de ônibus reuniram-se em um protesto que parou Passo Fundo por algumas horas. O objetivo da manifestação era chamar a atenção da população e das autoridades para a falta de segurança enfrentada no dia a dia destes profissionais. Foram utilizados 90 ônibus e 150 motoristas e cobradores participaram da atividade.

À época do protesto, o índice de assaltos a coletivos urbanos atingia números alarmantes. A gota d’água para os trabalhadores ocorreu no domingo anterior, 20 de maio, quando o motorista do ônibus que fazia a linha Operária/Petrópolis, Givanildo Colussi, então com 37 anos,foi baleado durante um assalto ocorrido na Rua Luiz Augusto Hexsel, no bairro São Bento. O criminoso, após roubar o dinheiro do caixa tentou descer do ônibus pela porta da frente, que foi fechada por Colussi. O bandido então atirou contra o motorista que foi atingido no braço, porém a bala perfurou o membro e atingiu também o pulmão, intestino e baço da vítima. O projétil transfixou o corpo do motorista e foi parar no bolso da jaqueta que ele usava.

Após atirar, o assaltante conseguiu fugir, porém foi capturado pela Brigada Militar em seguida. O preso, identificado como Luiz Fernando Silveira, de 27 anos, havia aparecido em rede nacional na semana anterior por ter roubado um telefone celular e gravado um vídeo com o aparelho roubado vangloriando-se do crime. Nesta ocasião ele foi preso e logo solto. Atualmente ele cumpre pena por assalto no Presídio Regional de Passo Fundo. Durante o final de semana em que Colussi foi baleado, pelo menos outros quatro coletivos foram assaltados em diferentes pontos da cidade.

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