As vendas de máquinas agrícolas e o mercado imobiliário já sentem os reflexos da boa safra de soja. Neste último, as negociações, principalmente de terrenos, envolvendo sacas de soja são registradas na região. No setor de tratores e colheitadeiras o aumento nas vendas chega a 25% em relação ao ano passado. Na área de abrangência da Emater Regional de Passo Fundo estima-se que cerca de 55% da soja colhida já tenha sido comercializada.
De acordo com o gerente de vendas da revenda Lavoro da John Deere Ronie Previatti além da boa colheita, o volume de crédito disponível tem favorecido o aumento da demanda. A procura é tão grande que algumas máquinas deverão ser entregues aos compradores apenas em outubro ou no início do próximo ano, dependendo do modelo. “Temos muito dinheiro no mercado. Os bancos e o governo estão disponibilizando bastante crédito com juros moderados e bons prazos para o pagamento”, justifica. Na revenda, praticamente todos os equipamentos que estavam à disposição já foram vendidos.
Previatti destaca que os agricultores tem tido um comportamento diferente. Enquanto em anos anteriores eles esperavam as feiras para adquirirem equipamentos, neste ano eles estão comprando antecipadamente. A liberação de crédito, no entanto, depende da organização dos agricultores. Enquanto aqueles que estão com todos os documentos exigidos em mãos conseguem a aprovação em aproximadamente 30 dias, aqueles que precisam organizar os papéis necessários podem demorar até o dobro desse tempo. As máquinas vendidas pela revenda não ficam apenas em Passo Fundo, mas vão para vários municípios da região.
A média de custo de um equipamento é de R$ 500 mil. Com os 50 já entregues pela revenda e outros 50 que deverão ser entregues nos próximos meses, apenas em uma empresa o volume de negociações pode chegar a R$ 50 milhões.
Caminhões
No mercado de caminhões, por outro lado, não tem se observado o mesmo resultado. Além de poucos agricultores comprarem caminhões novos, o mercado tem tido um recesso de até 10%. Entre as causas apontadas pelos revendedores está o aumento do preço do óleo diesel que chega a representar 60% do valor de um frete, atualmente, e tem dificultado novos investimentos por parte de transportadoras, principalmente.
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