Assim que o som emitido por uma corneta ecoa pelos corredores e invade as salas de aula, os 230 alunos da escola municipal de ensino fundamental Romana Gobbi, no bairro Santo Antônio, fecham os cadernos e abrem os livros de literatura. A estratégia faz parte do projeto Sinal Verde para a Leitura, criado há três anos para suprir a falta de uma biblioteca no educandário. “Ninguém sabe o momento em que a corneta será disparada. Quando acontece, todos os professores, indiferente da disciplina, paralisam as aulas para o início da leitura” conta a coordenadora pedagógica da escola, Evania Calza.
A surpresa acontece pelo menos uma vez por semana de maneira organizada. Os livros estão distribuídos em 11 cestas plásticas, identificadas por turmas. Em cada uma delas consta uma variedade de títulos, incluindo livros, gibis e revistas. O controle é feito por fichas individuais dos estudantes. A iniciativa surgiu para preencher uma lacuna. A decisão, apoiada pela comunidade do bairro Santo Antônio, em instalar um laboratório de informática no lugar da biblioteca refletiu no rendimento em sala de aula. Atentos, professores e direção decidiram agir. Com poucos recursos, mas esbanjando criatividade e disposição encontraram uma saída para o problema.
Todo o dinheiro arrecado com a venda de cestas de páscoa e presentes para o dia das mães, confeccionados na própria escola, além do rendimento da festa junina, passou a ser investido na compra de livros. A partir de uma verba, do Mais Educação, do governo federal, o projeto saiu do papel e virou realidade.
A matéria completa você confere nas edições impressa e digital de O Nacional. Assine Já