Durante o período de 10 meses, compreendidos entre o final do ano passado e início deste ano, o médico urologista Sérgio Arruda Júnior fez um levantamento da prevalência de doenças sexualmente transmissíveis, as DSTs, entre os 726 pacientes que atendeu no período. Deste público, mais de 40% apresentava uma ou mais DSTs, sendo que a maior prevalência foi de clamídia entre os pacientes com idades que vão dos 50 aos 70 anos.
“No período que fiz o levantamento entre os meus pacientes, a clamídia apresentou a maior incidência entre os homens, considerando que sou urologista e atendo mais homens que mulheres. Entre os homens, esta doença apareceu em 43% dos pacientes. Entre as mulheres, a doença apareceu em 41%”, explica Arruda. Em vários casos, o paciente apresentava mais de uma DST, sendo que em um caso, o paciente tinha cinco tipos de doenças sexualmente transmissíveis. As que mais apareceram no levantamento, entre os dois públicos, foram a clamídia, o HPV, a gardnerella, a mycoplasma e a ureaplasma. Apesar disso, Arruda afirma que estes são dados isolados, contando apenas pacientes atendidos por ele, considerando que em Passo Fundo existem outros diversos médicos na mesma especialidade.
Todas essas doenças são de fácil prevenção e, todas, requerem um único mecanismo: o uso do preservativo. “Se considerarmos que para cada homem com alguma dessas doenças deve-se multiplicar por, no mínimo, dois, considerando-se sua parceira, o número é ainda maior. Para aqueles indivíduos que comercializam o sexo, por exemplo, para cada um infectado, vai transformar em dez”, salienta. Somente em janeiro deste ano, Arruda atendeu 118 pacientes. Destes, 80% estavam com clamídia.
Entre a faixa etária, esta doença está aparecendo mais em pacientes com mais idade. De acordo com o médico, estes índices são preocupantes e representam um aumento real no número de pessoas infectadas, embora não exista um controle nacional que aponte um número com exatidão. “De acordo com o Manual de Bolso sobre Doenças Sexualmente Transmissíveis, distribuído pelo Ministério da Saúde, a Organização Mundial da Saúde, em 2001, estimava 340 milhões de novos casos por ano. Então, imagine quanta doença existe por aí”, destaca.
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