“Nós pretendemos defender a vida e não atacar as pessoas”. Esta foi a garantia dada pelo Comandante do 3º RPMon, Tenente Coronel Fernando Carlos Bicca, nesta terça-feira (18) diante do protesto programado para esta quinta-feira (20), às 18 horas em Passo Fundo. O movimento é liderado pelo Comitê de Lutas Sociais, que desde abril já realizou outras cinco manifestações repudiando o decreto publicado pelo Prefeito Luciano Azevedo que aumentou a passagem de ônibus de R$ 2,45 para R$ 2,70.
A previsão dos organizadores do ato intitulado “Passo Fundo também vai parar” é que pelo menos duas mil pessoas compareçam a manifestação, público que será quatro vezes maior aos anteriores, que registraram uma média de 400 participantes. Até a tarde desta terça-feira, quase seis mil pessoas já haviam confirmado a presença através da rede social. “Se nos tivermos menos da metade das confirmações registradas na rede social, nós teremos duas mil pessoas nas ruas e isso nunca foi registrado na história de Passo Fundo”, disse.
Para garantir que a manifestação seja pacífica e sem conflito, o comando da Brigada Militar realizou uma reunião na Câmara de Vereadores na tarde desta terça-feira com representantes das entidades que integram o Comitê de Lutas Sociais. Arthur Bispo, que representou a organização do protesto disse que o movimento não apresentou o trajeto à Brigada Militar, mas garantiu que ele será pacifico como foram os anteriores. “Estamos trabalhando um uma grande participação dos passo-fundenses. Nós temos as nossas pautas locais, mas com certeza o aumento na adesão reflete o que está acontecendo no país”, explicou o estudante.
Segundo o comandante, o protesto e o trânsito serão controlado por um forte efetivo da Guarda Municipal, 3º Batalhão de Operações Especiais e também pelo pelotão Hipo da Brigada Militar. “A nossa intenção é que o próprio movimento controle a atuação dos seus participantes. O nosso trabalho, num primeiro momento, será isolar o trânsito, juntamente com a guarda de trânsito, para evitar acidentes e assegurar a segurança dos participantes. Em seguida, nossa atuação será de análise de como está o comportamento das pessoas e, se houver algum indicativo de que o protesto possa degenerar em atos de vandalismo, nós vamos aproximar o efetivo de reserva”, explicou. Além disso, o militar confirmou que haverá o registro por fotografia e imagens para identificar possíveis vândalos que promovem ações criminosas durante movimento.