O presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (SIMERS), Paulo de Argollo Mendes, esteve nesta terça-feira (18) em Passo Fundo apresentando ao prefeito da cidade, Luciano Azevedo, proposta que institui o Plano de Carreira, Cargos e Vencimentos (PCCV) para os municipários. O objetivo é valorizar os médicos que já atuam na cidade, além de trazer a inovação do regime especial de trabalho por metas, o que pode equacionar a falta de profissionais em muitas especialidades. O encontro aconteceu na sede da prefeitura e contou com a presença do delegado sindical Carlos Antonio Madalosso, do delegado do CREMERS Henrique Oliani, da presidente da Associação Médica do Planalto, Sabine Chedid, do diretor médico do Hospital São Vicente de Paulo, Rudah Jorge, do secretário de saúde Luiz Artur Rosa Filho, do procurador-geral do município Adolfo de Freitas e vereadores.
Segundo Rosa Filho, a cidade possui hoje cerca de cem médicos que recebem aproximadamente R$ 10 mil mensais brutos por 40 horas semanais. Aproximadamente 65% deles são contratados pela prefeitura por tempo determinado (dois anos) e o restante é terceirizado através de um contratado com a Sociedade Cultura Recreativa Beneficente São João Bosco (Socrebe). Somente duas médicas auditoras do município fazem parte do quadro efetivo de servidores do município. “Hoje não há praticamente nenhum médico concursado, ou seja, ninguém tem plano de carreira ou perspectiva de dedicar a carreira para o serviço público”, esclareceu o secretário.
Por causa da precarização dos contratos, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) constantemente cobra do município a regularização da situação. De acordo com o secretário, a forma de contratação deve ser revista em até dois anos. “Ainda estamos avaliando se faremos concurso público ou se recorreremos a outra modalidade de contrato. A visita do presidente do Sindicato Médico ajudou a esclarecer algumas dúvidas que tínhamos em relação a isso e estamos comprometidos em analisar o plano de carreira para os médicos”, afirmou o secretário de saúde de Passo Fundo. Para resolver este problema, o secretário acredita que é preciso oferecer um contrato de trabalho mais atraente aos profissionais. “O médico é merecedor, assim como qualquer outro profissional, de benefícios melhores. No entanto, nós esbarramos nos recursos a serem investidos, por causa da responsabilidade fiscal. Economicamente é praticamente impossível pagar o piso nacional que a categoria está pedindo, que é de R$ 14 mil para 20 horas”, relatou.
A matéria completa você confere nas edições impressa e digital de O Nacional. Assine Já