Um lugar seguro e uma cama quente para os dias frios

Recém-chegado, o inverno é responsável por aumentar a demanda no Albergue Municipal Madre Teresa de Calcutá

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Nos períodos mais frios e chuvosos do inverno, o que mais se deseja ao final do dia é poder chegar em casa, tomar um banho quente, vestir uma roupa confortável e descansar em um lugar seguro durante a noite. Esta, porém, não é a realidade de muitas pessoas que sequer tem para onde voltar ou se abrigar nesses dias. Se nos dias quentes dormir na rua já é uma situação de extrema vulnerabilidade, nos dias frios isso é potencializado.

Este é um dos motivos do aumento da demanda do Albergue Municipal Madre Teresa de Calcutá nos dias mais frios do inverno. A casa, com capacidade para atender até 30 pessoas por noite, é uma das alternativas para quem está em situação de vulnerabilidade. Mantido pela Secretaria Municipal de Cidadania e Assistência Social (Semcas), o espaço oferece, além de abrigo, três refeições, roupas quando necessário e orientação com psicólogos e assistentes sociais que buscam restabelecer vínculos familiares quando possível.

A casa fica na rua Uruguai, próximo ao CTG Lalau Miranda. Para ser abrigado, é possível ir direto até o local, ou mesmo procurar a Semcas, na rua Teixeira Soares, 625, para receber o encaminhamento.

De todos os lugares

O cartaz em francês ao lado da janela por onde são servidas as refeições é um indicativo de que não são apenas pessoas de Passo Fundo que se abrigam no local. Grupos de senegaleses, que chegaram a Passo Fundo buscando legalizar a situação no país na Delegacia de Polícia Federal, se abrigaram na casa durante alguns dias enquanto organizavam um lugar para ficar e até encontrar um emprego. De acordo com a secretária da Semcas, Nelí Formighieri, e a coordenadora de Proteção Social Especial, Elenir Chapuis, inclusive empresas de Passo Fundo e região entraram em contato com os responsáveis pela casa a fim de oferecer oportunidades de empregos aos grupos estrangeiros.

O período de permanência na casa depende de cada situação. Quando é possível recuperar os vínculos familiares, uma equipe multidisciplinar faz esse trabalho. Quando são necessários outros encaminhamentos a pessoa pode permanecer por períodos mais longos no local. De acordo com a secretária Nelí, a dificuldade em se estabelecer prazo para as pessoas ficarem abrigadas esbarra na preocupação de que não se pode colocá-las de volta na rua. Por isso, sempre se busca dar um encaminhamento aos usuários.

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