O Núcleo de Vigilância Ambiental de Passo Fundo confirmou na manhã de ontem o 58º foco do mosquito da dengue no município. O novo foco foi identificado em uma residência no Bairro Planaltina e eleva para 20 o número de focos encontrados em residências. A orientação é para que as pessoas tomem cuidado para evitar o acúmulo de água parada e também recebam os agentes de fiscalização.
De acordo com a chefe do Núcleo Elonise Márcia Dalpiaz a identificação de mais um foco do mosquito em residência é preocupante, pois mostra que o mosquito está circulando pela cidade e é fundamental controlar a infestação. “Como o mosquito está solto o que precisamos fazer é o monitoramento. Ao recebermos a notificação, já delimitamos a área no entorno do foco e vamos intensificar as visitas naquela região para eliminar locais com acúmulo de pagua”, pontua. Durante todo o ano de 2012, o município registrou 19 focos do mosquito.
A colaboração da população em receber os agentes é fundamental. Mesmo assim, em muitos locais eles encontram resistência. “Muitas pessoas acham que na sua casa não tem o problema e nunca vai ter, mas não é assim, porque qualquer local pode ser propício e o agente tem o olhar diferenciado para identificar isso”, reforça. Quem tiver dúvida ou suspeitar da ação de golpistas pode confirmar a identidade do agente pelo telefone do Núcleo 3046-0073. Pelo mesmo número é possível obter orientações referentes às formas de controle e fazer denúncias de locais suspeitos de ter água armazenada inadequadamente.
Ciclo do mosquito
A professora e pesquisadora do Instituto de Ciências Biológicas da UPF Lisete Lorini explica que, geralmente, o bom desenvolvimento das larvas do aedes aegypti depende de água com temperaturas entre 24ºC e 29ºC. No entanto, como o mosquito passa por várias fases antes de se tornar adulto ele pode utilizar algumas estratégias para sincronizar o desenvolvimento de acordo com as condições climáticas. A fase de ovo é a de maior resistência, podendo se manter de seis a oito meses em condições favoráveis, presos a substratos úmidos. As larvas também podem prolongar o período de desenvolvimento quando as temperaturas baixam e com isso chegaram à fase adulta. Uma das possibilidades para a maior ocorrência de focos do mosquito neste ano é o fato das temperaturas não terem se mantido constantes, aliado aos períodos de chuva.
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