A adubação nitrogenada é um manejo importante para garantir que as cultivares de trigo possam expressar todo o potencial produtivo. No entanto, ela deve ser realizada no momento certo para se evitar prejuízos em função da menor absorção do nutriente pela planta. O pesquisador da área de microbiologia e fertilidade do solo Embrapa Trigo José Pereira da Silva Júnior explica alguns detalhes aos quais os produtores rurais devem estar atentos para saber o momento certo de se fazer a aplicação do produto.
O nitrogênio é um dos nutrientes que chama a atenção dos produtores pela resposta que dá no desenvolvimento das plantas. Entre os fatores a serem analisados no momento de fazer a adubação está o potencial produtivo da cultivar utilizada, além do nível de nutrientes existentes no solo. Os índices de fósforo e potássio são menos variáveis do que o nitrogênio que depende muito das condições climáticas para estar disponível para as plantas por meio da matéria orgânica existente no solo. “A temperatura baixa e o clima mais seco significam que há menos decomposição da matéria orgânica e consequentemente menos disponibilidade de nitrogênio”, exemplifica.
Doses divididas
A aplicação do nitrogênio não deve ser feita em uma única aplicação. O nutriente deve ser oferecido às plantas nos momentos de maior necessidade. Conforme Silva Júnior, no início do ciclo o trigo demanda pouco nitrogênio, no entanto no início do perfilhamento, a partir de 30 dias do plantio dependendo das condições climáticas, a necessidade aumenta e deve ser feita a primeira aplicação em cobertura, respeitando as características de cada cultivar. A segunda dose deve ser oferecida entre o perfilhamento e o alongamento.
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