Oficinas de artesanato é terapia para enfrentar à rotina diária e a depressão

Cerca de 90 mulheres participam do Projeto Social Solidário Bárbara Maix desenvolvido no bairro Lucas Araújo

Por
· 1 min de leitura
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

Durante quatro vezes por semana, um grupo de mulheres de Passo Fundo aprende técnicas de artesanato como tricô, crochê, pintura em tecido, bordado e outras artes, no salão da capela Santa Isabel. Por trás do aprendizado técnico existem práticas de convivência, de amizade, de troca de experiências e de valorização dos seus próprios dons. O projeto social solidário Bárbara Maix – Gerando Vida, da Congregação Imaculado Coração de Maria, ajuda a transformar a vida de 91 mulheres inscritas nos cursos.

Há seis anos, a irmã Marilene Goy, coordena o projeto social solidário. Ela revelou que os cursos ajudam em dois aspectos na vida das mulheres. O primeiro é aumentar a renda familiar e a segundo são os efeitos emocionais positivos. “Muitas mulheres chegaram aqui com problemas de depressão. Mas a ocupação e a valorização dos próprios dons é uma terapia. Uma ajuda a outra”, revelou a coordenadora.

As oficinas de crochê, de pintura em tecido, de tricô, de bordado e de outros tipos de artesanato, são ministradas por quatro voluntárias da comunidade. A professora Ivete Teresinha Barth, 48 anos, ingressou no grupo há cinco anos e meio. Na época, a tristeza era uma companhia inseparável. “Quando entrei estava depressiva. Minha vida não tinha razão. Tava no fundo do poço. O projeto mudou a minha vida. Não vejo a hora de chegar aqui. Sou uma pessoa muito feliz hoje e ensino com amor e dedicação”, declarou Ivete.

Já a voluntária Salete Zanin, 61 anos, se aposentou há cerca de quatro anos. Era professora e trabalhava 40 horas. De um dia para o outro ficou sem ter o que fazer para ocupar o tempo. “Ficar em casa sem fazer nada não dava. Como eu sabia fazer muitas técnicas vim para o grupo ensinar e ao mesmo tempo aprender. Aprendi conviver mais, conhecer as pessoas e suas necessidades. Venho mais por prazer”, disse a professora aposentada.

O aprendizado também contribui para confeccionar peças para vender. A aluna Maria Sirlei da Silva, 63 anos, já aprendeu quase todas as modalidades. “Aprendi fazer ponto cruz, ponto reto, crochê, tricô, chinelo. Estou bem contente. Já estou vendendo e ajuda na renda”, salientou a aluna.

Terapia é uma das palavras mais utilizadas pelas alunas para definir os benefícios do projeto. “Em casa é sempre a mesma rotina e aqui a gente aprende coisas novas. Estou gostando muito”, enfatizou a aluna Carmem Dutra, 52 anos.

Conheça aqui os presidentes das Associações de Moradores de Passo Fundo em atividade. O material será atualizado a cada semana. 

Gostou? Compartilhe