Será?
Os anúncios feitos no afogadilho como resposta às pressões das ruas, já que ninguém sabia como lidar com o que estava acontecendo, começam a se transformar em conversa para boi dormir. O plebiscito foi enterrado pela Câmara e ontem, o presidente Henrique Alves adiou a instalação do grupo de trabalho que iria debater a reforma política. O passe livre para estudantes da região metropolitana esbarra numa discussão polêmica na Assembleia: se os estudantes da região metropolitana podem, porque os demais estudantes no Estado, não? Quem fez a pergunta foi o deputado Diogenes Basegio que já protocolou emenda para estender o benefício. O próprio governo retirou a urgência do projeto.
Interesse
Há mais de 20 anos, se tenta, sem sucesso, fazer uma reforma política descente. Só que ela nunca saiu da intenção, porque quem vai fazer esta reforma são os mesmos que dela se beneficiarão. Obviamente que os políticos não irão se sacrificar. O anuncio do passe livre pelo governo do Estado foi uma forma de acalmar os ânimos dos protestos violentos de Porto Alegre. Estavam chegando ao descontrole. Não vai avançar. O governo do Estado está sem caixa, quebrado. Como iria subsidiar passe livre para milhares de estudantes? E por que beneficiaria somente os da região Metropolitana?
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