O rosto da Jornada Mundial da Juventude

O que Passo Fundo está mandando para o Rio de Janeiro? Saiba um pouco mais sobre quem vai e os motivos que levam os jovens ?EUR" e não só eles ?EUR" a enfrentarem uma semana de muito estudo e reflexão

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A partir do dia 23 os olhos do mundo estarão voltados para o Rio de Janeiro. Durante uma semana, três milhões de pessoas irão se reunir na cidade maravilhosa para vivenciar o encontro com o Papa Francisco. Em sua 28ª edição, a JMJ vai contar com a presença de 240 passo-fundenses - entre eles, Jandercel Felini, escolhido para ficar ao lado do Papa nos Atos Centrais como a matéria do ultimo final de semana do O Nacional mostrou. Mas alem dele, quem ira representar Passo Fundo? Quem são as pessoas que encaram uma viagem de __ horas e o que elas estão levando consigo?

“... a beleza da Igreja”

Convidado para dar uma catequese junto outros 250 bispos do mundo inteiro, D. Antonio Carlos Altieri ainda não tem um tema definido para falar, mas as propostas giram em torno da missão de participar ativamente da Igreja e do apostolado. Para ele, a JMJ é mais uma oportunidade (ou alternativa) encontrada para aproximar jovem e Igreja: “Eu acho que o momento e oportuno para um forte encontro pessoal com Cristo. Mesmo que a Jornada seja um evento de massa, é, também, uma experiência individual de Igreja. É a certeza de reavivar no jovem a consciência de que ele é o rosto da Igreja. A Jornada vai ser uma forma de mostrar para a juventude que a Igreja não envelhece”, comenta.

A consciência de que unir a juventude - focada na imediata transformação - e Igreja - centrada na tradição - é desafiadora, mas não assusta: “O grande desafio é a juventude se convencer que ela é responsável pela Igreja, ao mesmo tempo em que o clero abre as portas para a inserção de uma juventude que questiona, que quer paz e justiça, busca por transparência e que participa de forma autêntica. A comunidade eclesial precisa ter a mesma intenção do jovem. A juventude traz novidade e esse é o desejo da Igreja”. D. Altieri comenta, ainda, sobre a necessidade de sair da zona de conforto e mergulhar, ao lado do jovem, em mudanças permanentes: “Temos a tendência de nos fecharmos na mesmice e no comodismo e, na JMJ, os jovens vão descobrir a riqueza do outro, a diversidade do outro e vão trazer, para a Arquidiocese, a uma fé renovada e experenciada no diferente”.

Nos últimos dias, o Arcebispo de Passo Fundo esteve em Roma para receber o Palio Episcopal - símbolo da unidade da Igreja em todo o mundo - e, por lá, teve a oportunidade de conhecer e conviver com o Papa Francisco e com uma Igreja em busca de renovação: “A própria Igreja passa por um momento de renovação de perspectivas a partir do Papa Francisco. Bento XVI foi humilde em renunciar e Francisco é humilde em assumir. Ele é, realmente, um homem de Deus capaz de transmitir simplicidade e clareza. Ele tem consciência de que carrega uma missão desafiadora e trabalha para que a Igreja seja de todos”. Para D. Altieri, o exemplo de serviço é o que deve ser considerado: “Em Roma, eu presenciei a sua ação: por 40 minutos ele abençoou o povo, falou com crianças e doentes e, em nenhum momento, demonstrou cansaço.”

Na visita, D. Altieri entregou uma cruz representativa da Jornada Mundial da Juventude. O objeto, parecido com o que carrega no peito, chamou a atenção do Santo Padre. “Ele olhou a cruz que eu levava no peito e me disse: ‘Você, com sua alegria e simpatia, me ajude a manifestar para o jovem a beleza da Igreja’.” E, de fato, D. Altieri ressalta a importância de colocar o jovem como agente da Igreja, enquanto instituição e não apenas como crença. “O jovem aceita Jesus Cristo, mas não aceita a Igreja. A Igreja precisa ser amada. É feita de homens e por isso também erra, mas foi pensada por Jesus e por isso carrega divindade”, conclui.

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