OPINIÃO

Que volte o respeito

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As inversões
Nessa onda de estancar tantos e deploráveis atos de corrupção no país, a sociedade, as pessoas estão indos às ruas para mostrar que sempre é possível fazer alguma coisa para o bem comum. As falcatruas nem são afrontas diárias exclusivamente na administração pública. O mal do crime de apropriação indébita, roubo, está entranhado na atividade privada, na prestidigitação de contratos fraudulentos ou gestão de fundações e entidades religiosas. A oficialização da falta de vergonha na cara assume proporções de escalada. Não é à toa que já não se fala mais no compromisso da palavra empenhada. Além dos aparelhos predadores na administração pública, temos a falta de respeito que oprime a boa fé entre as pessoas que usam telefone, empréstimo consignado; descalabro em ofertas enganosas ou fraude na prestação de serviços concedidos.

Que volte o respeito
Falta o principal elemento das relações, esquecido de uma cultura que vende mais os valores das molduras e status em prejuízo do ser humano. Se você é obeso, pobre ou não tem celular, isso basta para sofrer o degredo no convívio. O cidadão que tenta atravessar na faixa de segurança torna-se um objeto qualquer aos olhos da prepotência que dirige um carro de luxo. As aparências cegam e podem causar tristes enganos. Não estranhem se alguém atropelar a própria mãe que cruzar a faixa de pedestre diante de condutor pedante. É claro que a maioria não faz isso. O mal é a minoria perversa impor conduta. O alerta é para evitar que a ousadia do mal cresça tanto que não se possa cortar tão cedo.

Ditadura do mal
A revolta é contra tudo o que é apresentado para nosso consumo como se fosse coisa ideal, inclusive posturas éticas duvidosas – exaltadas no cenário da moda. A ditadura do mal é rápida, forte e persistente. Zomba das pessoas de bem e das atitudes honestas. Essa moda encarada como esperteza evidenciada nas novelas (esperteza?) já não é obra surrealista dos escritores. É a versão do dinheiro a qualquer preço. Vamos ressalvar, em tempo, que não temos a pretensão de pregar moral a ninguém. Por sinal já fizemos muito fiasco por aí, que só Deus sabe! Mas temos trabalhado dia e noite para corrigir erros e produzir alguma coisa de bem. A cada passo, no entanto, percebemos a opressão dos que querem ridicularizar coisas que ainda são preservadas como valores. Uma boa leitura, cultuar a religião, não jogar lixo no terraço do vizinho, devolver a correspondência entregue por engano, ou cuidar do gado para não invadir a roça do outro, - tudo é isso é hábito saudável, virtude: ética!

Mesa Um
Os “habitués” da Mesa Um do Bar Oasis estarão reunidos nesta quinta-feira, no Clube Comercial – centro, para comemorar o aniversário do confrade Júlio Henrique da Costa. Uma tradição de três décadas que junta freqüentadores do cafezinho do Oasis, onde se comenta quase tudo do que acontece na cidade.

Retoques:
* Uma abordagem cultural relevante para o estado e para as comunicações foi apresentada na RBS TV. É a referência ao descobridor do Rádio, Pe. Landel de Moura (1861/1928), figura importantíssima do século XX que merece registro a qualquer momento.
* Senador demonstra ser orador desregrado na terra dos grandes escribas romanos e compara mulher parlamentar negra a orangotango. Nas grandes elites do mundo estão os maiores idiotas!
* George Zimmermann, nos EUA, foi absolvido após atirar num jovem negro inocente. A absolvição dos jurados é vista como sinal de que o crime da discriminação racial continua assombrando o mundo.
* Tive a satisfação de conversar pessoalmente com o arcebispo de Passo Fundo, Dom Antônio Carlos Altieri. Fiquei com ótima impressão ao ter recebido atenção de um prelado preocupado com a necessidade da Igreja Católica em dar novos passos, especialmente com a juventude.

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