Para se enquadrar em economia solidária, os empreendimentos precisam atender a alguns requisitos. Dentre eles, a autogestão, o trabalho em forma de cooperativa e o modo de produção que respeite o meio ambiente. Com base nesses pressupostos, Passo Fundo dá hoje mais um passo para a certificação dos produtos feitos dessa forma.
O município sedia hoje (19) uma audiência pública promovida pela Secretaria da Economia Solidária e Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sesampe) para constituição da comissão de certificação de empreendimentos da economia solidária. A reunião ocorre na Câmara de Vereadores, sob coordenação do Departamento de Incentivo e Fomento à Economia Solidária (Difesol), da Sesampe. A realização é do Conselho Estadual de Economia Solidária (Cesol), em parceria com o Fórum Gaúcho de Economia Popular Solidária (Fgeps).
De acordo com Ademar Marques, integrante do Fórum da Economia Solidária de Passo Fundo (Fresol), são esperados cerca de 150 participantes, entre representantes dos empreendimentos, entidades e poder público. Com a certificação, segundo ele, será possível atestar que determinados produtos são oriundos da economia solidária. Para tornar isso visível aos consumidores, os produtos levarão um selo.
A concessão deste Selo de Certificação será o objeto da comissão certificadora que será criada e será emitido pela Sesampe. A diretora do Difesol, Nelsa Fabian Nespolo, ressalta que "a certificação é um grande passo da economia solidária, porque vai definir quem realmente é do segmento. Outra contribuição ao setor é que vai facilitar o acesso dos empreendimentos às políticas públicas voltadas à economia solidária".
Finanças Solidárias
Também nesta sexta-feira, a cidade de Passo Fundo será sede da oficina Fundo Público, às 9h, na Câmara de Vereadores, com realização da Sesampe. O encontro vai tratar sobre os bancos comunitários, moedas sociais, fundos rotativos, microfinanças e investimento direto.
A pauta está inserida no Programa de Finanças Solidárias, que prevê a realização de debates sobre a criação e regulamentação do fundo de financiamento e investimento e das moedas complementares, no âmbito da economia solidária.
