Você sabe como dar o destino correto para os seus resíduos? Para discutir a política de resíduos, acontece nos dias 2 e 3 de agosto a etapa regional da Conferência Nacional de Meio Ambiente. Segundo o ambientalista Carlos Eduardo Sander, o objetivo da Conferência é discutir como a sociedade estará respondendo a essa construção. Um desafio que deve ser assumido por todos os atores, sejam eles gestores públicos, empresários ou consumidores.
Neste ano, dentro do eixo principal de política de resíduos, a Conferência também irá discutir outros quatro eixos. O primeiro deles, de acordo com Sander, é a responsabilidade, ou seja, como dar o destino correto para aquilo que você não quer mais, seja o produto perigoso ou não. “O comércio precisa participar desse processo, receber esse resíduo que ele acabou de vender como um produto para o consumidor e depois levar isso de novo para a fábrica, porque esse resíduo é matéria prima”, explica.
O segundo eixo é entender o resíduo como matéria-prima capaz de gerar empregos e renda. A educação é o terceiro eixo dentro do princípio da precaução. Além disso, o ambientalista explica que a educação deve ser entendida dentro de um princípio de interdisciplinaridade. “Você precisa discutir a questão de resíduos dentro de outros conceitos como a questão das mudanças climáticas, por exemplo. A gente sabe que está associado a isso como um problema. A política de saneamento básico também, já que é a origem de todo esse processo”, comenta. E por fim, o quarto eixo trata da questão do consumo consciente: “não adianta eu ficar dando destino para o resíduo se eu continuo como sociedade sendo perdulário e consumindo. Nós não teremos matéria prima para suprir essa demanda”, alerta Sander.
A Conferência é uma promoção da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e acontece no Auditório da Faculdade de Medicina da Universidade de Passo Fundo com entrada franca. Para Sander, este é um espaço criado para que a sociedade se apodere dessa construção, se faça cidadã e participe. “A partir desse evento espero que a gente possa construir de fato esse processo de participação. Nós não podemos mais produzir lixo, porque lixo é o resíduo colocado no lugar errado. A gente tem que saber dar o destino correto para o resíduo. Se a gente sair com essa lição pra ser aplicada, acredito que a gente está fazendo o dever de casa”, encerra.